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Lula se reúne com lideranças indígenas para tratar de conflitos no Mato Grosso do Sul

O conflito fundiário entre indígenas e produtores rurais tem deixado moradores sob tensão. (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã deste sábado (10) com lideranças indígenas Guarani-Kaiowá do Mato Grosso do Sul para tratar sobre a intensificação dos conflitos fundiários na região. Em uma rede social, Lula publicou uma foto em que aparece ao lado das lideranças e dos ministros, Sonia Guajajara (Povos Indígenas); Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência da República); Paulo Pimenta (Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul); e da presidente da Funai, Joênia Wapichana.

“Recebi uma comitiva de lideranças Guarani-Kaiowá para tratar do conflito no Mato Grosso do Sul, que se intensificou nos últimos dias”, escreveu Lula.

Há quase um mês, o conflito fundiário entre indígenas e produtores rurais tem deixado moradores da área rural de Douradina (MS) sob tensão. Na semana passada, várias pessoas ficaram feridas na disputa armada pela terra chamada de Panambi-Lagoa Rica. Na segunda (5), foram seis feridos, cinco produtores rurais e um indígena. Eles sofreram ferimentos superficiais e não quiseram ser encaminhadas ao atendimento médico.

No sábado passado (3), cinco indígenas da etnia Guarani-Kaiowá foram feridos com tiros de armas letais e de munição de borracha. Após a intensificação do confronto, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, visitou à área na última terça (6).

Durante a visita, Sonia conversou com representantes dos indígenas e afirmou encaminhar soluções para o conflito por meio do diálogo.

“Nós estamos aqui enquanto representação deste governo. É uma área que não será afetada pelo Marco Temporal. Queremos escutar os povos e levar, tanto para o governo federal e para o Supremo Tribunal Federal, para que juntos possamos dar celeridade a este processo. Não é possível ficar convivendo com estes conflitos e riscos de morte diariamente. As pessoas ficam em situação de insegurança permanente. Queremos garantir a segurança dos povos nas suas áreas”, pontuou Sonia Guajajara.

“Viemos prestar essa solidariedade e trazer a presença do Estado Brasileiro. Nós estamos aqui como Funai e Ministério dos Povos Indígenas para trazer este apoio a este povo que está acampado e lutando pelo direito territorial. Primeiro, prestar solidariedade. Depois, precisamos destravar o processo dessa área que está com relatório feito e publicado pela Funai, que foi paralisado por uma decisão judicial”, detalhou a ministra sobre a disputa fundiária.

 

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