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Em Lisboa, Lula se reúne com o presidente de Portugal

Presidente eleito passou em Portugal na volta do Egito, onde participou da COP27. (Foto: Reprodução)

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu nesta sexta-feira (18) com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em Lisboa. Também na cidade, um pouco depois, Lula esteve com António Costa, o primeiro-ministro português.

O encontro com Rebelo ocorreu no Palácio de Belém, residência oficial do presidente português. Também estava presente o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. O presidente eleito estava acompanhado do aliado e ex-ministro Fernando Haddad.

Lula foi a Lisboa na viagem de volta do Egito, onde participou nesta semana da COP 27, a conferência da ONU para assuntos do clima.

“Em Lisboa, no encontro com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, tive a grata surpresa de encontrar também o presidente de Moçambique, Filipe Nyusi. Aproveitamos para fazer uma reunião sobre a relação entre nossos 3 países”, escreveu Lula no Twitter.

Mais cedo, Lula disse que um dos temas da reunião seria a retomada do diálogo entre os países. “Portugal é um país irmão e importante parceiro do Brasil na Europa. Vamos retomar diálogos para o melhor de nossos povos”, disse.

À noite, no horário de Portugal, Lula seguiu para uma reunião com o primeiro-ministro do país, António Costa. Desta vez, ele foi acompanhado da esposa, Rosângela da Silva, a Janja, e de Haddad.

Ao lado de Costa, o presidente eleito disse que o “Brasil voltou ao mundo político” e reafirmou seu compromisso com a preservação do meio ambiente.

“Não temos dois planetas Terra”, declarou o petista, que participou nos últimos dias da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, no Egito, e ressaltou que cuidará do meio ambiente, da Amazônia, “como um patrimônio da humanidade, no qual o Brasil tem total soberania”.

Lula voltou a cobrar os países ricos a ajudarem as nações mais pobres, além de ressaltar a necessidade de cuidar “da mais importante floresta tropical existente no planeta terra”.

“Esse compromisso nós assumimos de dizer ao mundo que nós vamos proibir o garimpo ilegal, madeireiros ilegais, invasões ilegais de terras, que iremos preservar as terras indígenas e preservar as áreas de preservação ambiental. Para que o povo possa ter certeza que o Brasil está cumprindo com a sua tarefa junto à humanidade”, disse.

O sucessor de Jair Bolsonaro lembrou ainda que ficou “emocionado quando no discurso na COP27, no Egito, o povo gritava: ‘O Brasil voltou'”. “E era muito marcante para mim porque fazia quatro anos que o Brasil estava completamente isolado do mundo”.

Ele ressaltou que “nenhum país que sofreu bloqueio nesses 30 anos teve o isolamento que o Brasil teve por culpa do próprio governo brasileiro”, porque “não foi o mundo que isolou o Brasil, mas foi o Brasil que se isolou”.

“Ninguém queria visitar o Brasil porque ele teve um comportamento totalmente anti-Brasil e anti-democrático”, disse, sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro.

Em sua fala, Lula explicou que deseja que a “paz volte a reinar no País”. “Queremos que na sociedade brasileira volte a reinar a paz, que a gente volte a conviver democraticamente na diversidade, porque sem tranquilidade não é possível fazer um país voltar a crescer, gerar empregos e distribuir as riquezas que o povo precisa”, afirmou.

Visita anterior

Segundo a equipe de Lula, o convite para o encontro em Portugal foi feito diretamente pelo governo de Sousa.

O presidente português visitou Lula ainda durante a pré-campanha, em julho. A reunião aconteceu na residência oficial do cônsul-geral de Portugal em São Paulo, Paulo Nascimento, no Jardim Paulista, em São Paulo.

Na ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que tratou com Lula da situação política e econômica da Europa e da América Latina.

Embora tenha feito convite, à época, para um compromisso com o atual presidente Jair Bolsonaro, Sousa voltou para Portugal sem encontrá-lo, após Bolsonaro cancelar a reunião. Os dois se encontraram somente nas comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, em setembro.

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