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Geral Lula sinaliza que o Brasil será contra inclusão da Venezuela no Brics: Brasil assume a presidência do bloco em 2025

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ao seu time de articulação internacional que o Brasil deverá se posicionar contra o ingresso da Venezuela. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ao seu time de articulação internacional que o Brasil deverá se posicionar contra o ingresso da Venezuela no Brics, o grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, segundo informações do blog de Daniela Lima, do portal de notícias G1.

O petista, que sofreu uma queda na residência oficial da Presidência em Brasília, não poderá comparecer pessoalmente à reunião da agremiação, em Kazan, mas orientou seu time, chefiado pelo chanceler Mauro Vieira. O Brasil assumirá a presidência do bloco em 2025.

A Venezuela, sob o regime de Nicolás Maduro, descumpriu acordos internacionais que o próprio autocrata assinou, comprometendo-se a disputar eleições limpas e auditáveis, o que não se concretizou.

O Brasil foi fiador ao lado de outras nações nesse pacto — e desde que Lula se recusou a reconhecer a autoproclamada “vitória” de Maduro, tanto o petista como sua chancelaria passaram a ser atacados pelo ditador.

Hoje, é impossível dizer quantos votos Maduro teve na eleição. Onde ele teve esses votos e qual o total de apoio que cada candidato — ele e González, da oposição – obteve.

A Suprema Corte venezuelana decretou sigilo sobre as atas eleitorais, nunca divulgadas, como tradição até no chavismo, decretou um resultado e tratou sua decisão como inapelável.

Gozález está refugiado na Espanha.

O possível veto ao ingresso da Venezuela no Brics marcará nova etapa no distanciamento entre o líder petista e o herdeiro do chavismo, relação que, segundo um formulador internacional do Planalto, “está na geladeira há tempos”.

O assessor especial da Presidência da República e ex-chanceler, Celso Amorim, disse que não defende a entrada da Venezuela no Brics, apesar de o Brasil considerar que a entrada de países “estratégicos” pode ser importante para o bloco.

Durante a reunião que acontece nesta semana em Kazan, na Rússia, o Brics vai discutir a criação de uma categoria de países parceiros.

Entre os cerca de 30 países que desejam ingressar no novo grupo estão Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Cuba, Turquia, Nigéria, Marrocos e Argélia.

Questionado sobre um possível veto à entrada da Venezuela, Celso Amorim disse que o Brasil quer que o Brics seja “um grupo com peso para formar um mundo mais multipolar e mais pacífico”.

Para ele, “a entrada de certos países, como a Turquia, por exemplo, que está próxima a conflitos no Oriente Médio e pode ser um ator importante na busca pela paz, certamente contribui para isso.”

Amorim completou dizendo que “a entrada de outros países contribui menos”. O ex-chanceler, porém, não especificou se, neste momento específico, ao contrário de antes, falava sobre a Venezuela. As informações são do portal de notícias G1.

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