O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou a auxiliares do governo que as posições recentes do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin não influenciarão sua escolha para o sucessor da ministra Rosa Weber, que se aposenta compulsoriamente no início de outubro.
Desde a semana passada, dirigentes de esquerda têm criticado o último indicado do presidente para a Suprema Corte por posições consideradas conservadoras em julgamentos.
Zanin não reconheceu a insignificância em furto de itens com valor de até R$ 100 e votou contra a equiparação de ofensas à comunidade LGBTQIA+ com injúria racial e a descriminalização da maconha para uso pessoal.
Lula, no entanto, indicou que não pretende ceder a pressões e que o perfil que pretende indicar para a Suprema Corte segue o mesmo: um nome que seja de perfil garantista e contrário à operação Lava-Jato.
O petista também sinalizou que o critério de gênero não será determinante, apesar de estar sendo cobrado a indicar uma mulher, sobretudo por dirigentes de esquerda.
O ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, são avaliados pelo presidente. Além dele, tem ganhado apoio no governo federal a indicação da desembargadora Simone Schreiber. Ela teria a simpatia do ministro da Justiça, Flávio Dino, e da cúpula nacional do PT.