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Política Lula tem expectativa de dias melhores na relação com o Congresso

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Um otimismo crescente no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem funcionado como força motriz dos próximos dois anos. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Um otimismo crescente no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem funcionado como força motriz dos próximos dois anos – mesmo em meio à crise das emendas, que estremeceu novamente a relação dos Três Poderes, em Brasília. As informações são da coluna de Matheus Leitão na revista Veja.

Integrantes de pastas palacianas fazem uma avaliação de que a provável eleição de Hugo Motta para a cadeira de Arthur Lira e de Davi Alcolumbre para a de Rodrigo Pacheco vai apaziguar os ânimos.

Quando Lira e Pacheco foram eleitos era pleno governo Jair Bolsonaro, o que
trouxe um alinhamento dos dois – mais de Lira, é verdade – num contexto em que a extrema-direita ditava os rumos políticos e econômicos do país.

Bolsonaro deu carta branca para o presidente da Câmara em relação ao orçamento e deu no que deu – e a falta de transparência em relação ao dinheiro público enviado aos estados é apenas um dos problemas.

Tudo isso tem sido enfrentado por Flávio Dino, ministro do Supremo
Tribunal Federal, que, após ser indicado por Lula, passou a fazer uma devassa
nas emendas parlamentares.

Agora, com o apoio informal de Lula e os acertos nos bastidores para os próximos dois anos, aliados do presidente pretendem que o orçamento volte a ter mão firme do executivo. E preveem reação menos beligerante de Motta e Alcolumbre. Daí, o otimismo.

Óbvio que há quem veja mais do mesmo com os novos comandos no Congresso Nacional, principalmente diante de uma maioria de parlamentares conservadores, mas internamente no Lula-3… a conversa é outra.

MPs

O governo Lula só conseguiu aprovar 9% das medidas provisória enviados ao Congresso Nacional em 2024; o índice aponta uma redução em relação ao ano anterior, quando o percentual de aprovação de MPs foi de 21%. Considerados os dois anos deste terceiro mandato do petista, ele conseguiu aprovar 14% das propostas enviadas.

Lula editou 133 medidas provisórias em 2023 e 2024 das quais 19 foram transformadas em lei pelo Congresso. Levantamento realizado pelo site Poder 360, mostra que é o mais baixo percentual de aprovação desde 2003. Nos dois primeiros anos dos dois primeiros mandatos, Lula aprovou 93% e 86% das MPs, respectivamente.

Dilma Rousseff, também considerando os dois primeiros anos dos dois mandatos, aprovou 83% e 74%; Michel Temer conseguiu aprovar 52% das MPs enviadas. O ex-presidente Jair Bolsonaro enviou 156 MPs ao Congresso entre 2019 e 2020 e conseguiu aprovar 74, o que dá a ele uma percentual de aprovação de 47%.

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https://www.osul.com.br/lula-tem-expectativa-de-dias-melhores-na-relacao-com-o-congresso/ Lula tem expectativa de dias melhores na relação com o Congresso 2025-01-05
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