Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2015
Acusado por petistas de não controlar a PF (Polícia Federal), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que essas críticas são injustas. Ele contou ainda que, já em 2014, sugeriu à presidenta Dilma Rousseff que o tirasse do cargo.
Cardozo assumiu ter perdido amigos e ganhado inimigos à frente da pasta. Ele até admitiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa não gostar dele.
“Se você quer, na vida política, se comportar dentro dos princípios do Estado de Direito, se prepare para ter inimigos e perder amigos. É impossível que se cumpra no Brasil a lei e aja de acordo com a sua consciência sem perder amigos e fazer inimigos”, declarou o ministro.
Ao comentar uma declaração pública de Ciro Gomes, que afirmou que Lula não gosta do ministro, Cardozo disse que tem uma profunda admiração pelo ex-presidente Lula. “Desconheço que ele não goste de mim. Se não gosta, deve ter suas próprias razões”, completou.
Dizem que o problema vem da época de uma CPI que, segundo o ministro, não é uma CPI e sim uma investigação partidária designada pela direção do PT. “Chegamos a uma conclusão. Disseram que o ex-presidente não gostou da conclusão. Nunca me falou. Lula tem todo o direito de não gostar de mim. Só não sei dizer quais as razões”, concluiu. (Folhapress)
