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Lula teme ser ofuscado por Milei, se for à posse

A confirmação da oposição, convidada oficialmente para posse de Javier Milei, marcada para 10 de dezembro, terminou de melar em definitivo a ida de Lula a Buenos Aires. Lula insiste no pedido de desculpas de Milei, que sabe que não ocorrerá, para escapar do constrangimento de dividir a foto, por exemplo, com o ex-presidente Jair Bolsonaro, convidado pelo próprio presidente eleito. Os cotados para substituir Lula são o vice-presidente Geraldo Alckmin e o chanceler decorativo Mauro Vieira.

Pragmatismo
Lula recebeu de empresários o pedido para que Alckmin, ministro da Indústria e Comércio, vá à posse como sinal de boa vontade.

E o Lula?
Além de Bolsonaro e Michelle, foram chamados Valdemar Costa Neto e o senador Ciro Nogueira. Convite formal a Lula, até agora, nada.

Tropa conservadora
São esperados os governadores Jorginho Mello (PL-RS), Tarcísio de Freitas (Rep-SP), Ronaldo Caiado (União-GO) e Cláudio Castro (PL-RJ).

Sem perdão
Os convites para a posse partiram também de Maurício Macri, ex-presidente que não perdoa Lula por apoiar o rival Alberto Fernandez

Ministros trocam rasteiras tentando ser ‘o escolhido’
Com o chefe ausente do serviço, como mostra a reduzida agenda de despachos do presidente Lula (PT), os ministros se engalfinham na briga, quase a cotoveladas, pela indicação de candidato a presidente do PT em 2026. Mostrando cansado e doente, o presidente sinaliza desde janeiro que não disputará a reeleição. Sonham com a candidatura Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e até Flávio Dino (Justiça), se não ganhar o emprego vitalício de ministro do Supremo Tribunal Federal.

Disputa de egos
A turma de Haddad espalha levantamento indicando ser ele o ministro que mais despacha com Lula, só para cutucar o chefe da Casa Civil.

Gerente sem acesso
De fato, Rui Costa é o ministro da Casa Civil que menos despacha com o presidente nos últimos governos: apenas 12 vezes em onze meses.

Não saiu da Bahia
Ministro ligado à articulação tem resposta na ponta da língua para o fiasco de Rui Costa: “ele só conhece a Bahia, não sabe nada de Brasil.”

Acordão eleitoral?
Para o senador Hamilton Mourão (Rep-RS), a reação de ministros do STF à aprovação da PEC que disciplina decisões monocráticas torna lícito supor que houve um acordo. “Qual seria, eleger Lula?”, questiona.

Malas prontas
Preso no Brasil por causa de recente cirurgia, Lula vai tirar o atraso daquilo que adora: viagens internacionais. Ainda neste ano, desembarca nos Emirados Árabes, Catar, Arábia Saudita e fecha com a Alemanha.

Porta errada
A oposição reagiu à gastança de Lula na compra de um novo enxoval, com peças de luxo, até de algodão egípcio. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) acionou o TCU para auditar a licitação. Bateu na porta errada.

Alerta
Para o senador Plínio Valério (PSDB-AM), o ataque de ministros do STF à PEC que limita o poder de decisões individuais “apenas evidencia que os Poderes não se respeitam mais, o que é “perigo para a democracia”.

Manifestação
Neste domingo, na Avenida Paulista, em São Paulo, lideranças políticas participam de homenagem a Cleriston da Cunha, o Clezão, que morreu dentro da Papuda mesmo com pedido de soltura do Ministério Público.

Aberração em curso
Crítico dos atuais ministros do STF, que ele considera “as pessoas mais odiadas do País”, o desembargador aposentado Sebastião Coelho, alagoano valente, chamou de “tristeza, aberração jurídica” o “julgamento” de acusados do 8 de janeiro. Na verdade, “previamente condenados.

Quase vara
A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) terá de comparecer à sessão da CPI das ONGs no Senado, nesta segunda-feira (27), para obedecer à convocação aprovada na comissão, após o bolo que deu para o convite.

Levou o PL
O deputado do Ceará Carmelo Neto não vai ficar ao sol por ter desistido de disputar a prefeitura de Fortaleza. Levou o comando do PL no estado. O deputado federal André Fernandes é o nome do partido para o pleito.

Pensando bem…
…nos últimos dias, está 3 a 0 para a Argentina.

PODER SEM PUDOR
Pagando o pato

Conhecido por “senador”, pelos elegantes ternos pretos ou brancos, e ás no baralho, o assessor Seu Alcides tentou um “papagaio” com o então presidente da Assembleia catarinense, Paulo Bornhausen, para pagar dívida de jogo. Dono do banco, Paulo cobrou no vencimento. Ele estranhou: “Paulo, você acha que avalista é brincadeira? Avalista é para pagar!” O banqueiro nem piscou, pagou a dívida. E o assessor continuou jogando.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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