Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe farão duas novas viagens internacionais nas próximas semanas, à França e ao Vaticano. O petista deve participar de um encontro que discutirá medidas de financiamento para ações climáticas, em Paris.
A “Cúpula por um novo pacto financeiro mundial” acontecerá nos 22 e 23 de junho e foi proposta pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Nesse sábado (3), Macron publicou em uma rede social sobre a visita de Lula.
No ano passado, na condição de presidente eleito, Lula participou da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), no Egito, e propôs uma “nova governança global” sobre temas como proteção do meio ambiente, desenvolvimento sustentável e ajuda aos países mais pobres.
“Juntos, trabalharemos contra a destruição de nossas florestas, buscando mecanismos de financiamento sustentável, para deter o avanço do aquecimento global”, disse Lula na ocasião.
O presidente também tem cobrado dos países ricos que cumpram o Acordo de Paris, assinado em 2015. Na ocasião, os países se comprometeram a mobilizar US$ 100 bilhões anualmente para enfrentar as mudanças climáticas.
Além da participação da na cúpula, Lula deve se reunir com Emmanuel Macron. Os dois são aliados políticos e já se encontraram em outras ocasiões.
Papa
A expectativa entre integrantes da diplomacia brasileira é que Lula aproveite a viagem a Paris para também ir a Roma (Itália) e se encontrar com o Papa Francisco no Vaticano. A reunião ainda não está confirmada oficialmente.
Lula e o Papa se falaram por telefone na última quarta-feira (31). Segundo o Palácio do Planalto, na conversa, Lula convidou Francisco a visitar o Brasil, e o líder da Igreja Católica “ficou de analisar a possibilidade da visita”.
Em dezembro de 2020, os dois se encontraram no Vaticano. Na ocasião, o Instituto Lula informou que a conversa girou em temas como fome, desigualdade social e intolerância.
Agenda internacional
Desde que tomou posse, em 1º de janeiro, o presidente Lula tem dedicado boa parte da agenda a encontros com líderes internacionais, seja em Brasília ou em viagens ao exterior.
No discurso de posse, no Congresso Nacional, Lula afirmou que buscaria adotar medidas para que o Brasil se tornasse protagonista no cenário internacional.
Segundo o presidente, seriam adotadas medidas para retomar a integração entre países da América do Sul, “reconstruir diálogo altivo e ativo” com países de todos os demais continentes e “fortalecer” mecanismos multilaterais como o Brics (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Desde a posse, Lula, por exemplo:
No Brasil, Lula também já recebeu, por exemplo:
Oposição critica
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou as agendas internacionais de Lula. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Lula está “mais preocupado” com questões externas que em resolver os problemas do País.
“Eu acho que o presidente da República daqui está muito mais preocupado em ganhar o prêmio Nobel da Paz e mediar a guerra da Rússia com a Ucrânia em vez de resolver os problemas que são encontrados aqui do Brasil, ligados à questão do desenvolvimento econômico”, afirmou Marinho.