O vice-presidente da República e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, general Hamilton Mourão (Republicanos), projeta que o presidente Jair Bolsonaro deve assumir a liderança de um bloco de direita consolidado e representativo, que surgiu das urnas este ano. Para Mourão, “o presidente Bolsonaro, quando emergir do retiro espiritual dele, vai compreender que ganhou esse capital”. O vice-presidente falou para o jornal Valor Econômico. Sobre quem passará a faixa de presidente para Lula, Mourão garantiu que não será ele:
– Acho que está havendo uma distorção. Porque passagem de faixa é do presidente que sai para o presidente que entra. Se o presidente, vamos dizer assim, ele não vai querer passar a faixa, não adianta dizer que eu vou passar. Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é para dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, pô, qualquer um pode ir ali e entregar”.
Sanderson pede à PGR investigar viagem de Lula em jatinho de empresário
O deputado federal gaúcho Sanderson (PL-RS) confirmou ter protocolado na Procuradoria-Geral da República ofício solicitando ao procurador-geral Augusto Aras, que o Ministério Público Federal apure “o motivo e em que circunstâncias” se deu a carona do empresário José Seripieri Júnior, dono da Qualicorp Saúde, em seu jatinho ao presidente eleito Lula para viajar ao Egito, lembrando que ambos, Lula e Seripieri, possuem “passagem criminal pela prática de corrupção ativa e passiva”, que inclui uma multa de R$200 milhões ao empresário por ocasião do acordo de delação premiada celebrado pela própria PGR, no âmbito da Operação Lava Jato.
Agora, Alexandre de Moraes cogita afastar o ministro da Defesa, General de Exército Paulo Sérgio.
Atendendo a pedido político do deputado federal Marcelo Calero (PSD-RJ), contumaz opositor do presidente Jair Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, encaminhou à Procuradoria-Geral da República pedido para que se manifeste sobre o afastamento do ministro da Defesa, General de Exército Paulo Sérgio Nogueira. O pedido menciona o fato do ministro da Defesa ter solicitado esclarecimentos ao TSE, quanto à possibilidade inconsistências nas urnas e fraudes nas eleições, o que irritou profundamente ao ministro Alexandre de Moraes.
Jair Bolsonaro na Cúpula do Mercosul
O grupo de conselheiros políticos mais próximo do presidente, com destaque para o chefe da Casa Civil Ciro Nogueira, avaliou os prós e contras da decisão de Jair Bolsonaro de não ter comparecido à reunião do G20 e à COP27 nesta semana. Agora, o presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado por aliados a ir à cúpula dos chefes de Estado do Mercosul. A reunião acontecerá no dia 6 de dezembro, em Montevidéu, no Uruguai.
General Paulo Chagas lembra que Forças Armadas podem intervir, “quando há ameaça às instituições democráticas”
O general da reserva Paulo Chagas comentou em um texto divulgado terça-feira (15) que o País deixou passar um momento de ruptura institucional. Foi quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “absurdamente” descondenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “No entanto, não houve contestação por parte do Executivo ou do Legislativo, nem tampouco manifestações populares, algo que teria transformado a atitude monocrática do ministro Luiz Edson Fachin em um impasse não superável”. No texto, o general comenta ainda sobre os motivos que podem levar a uma ruptura institucional no país: “quando há ameaças à estabilidade das instituições democráticas, as Forças Armadas podem intervir para restaurar a ordem. Um evento político arbitrário e uma decisão inconstitucional da Suprema Corte, por exemplo, seriam suficientes para os militares agirem.”
Ruído no encaminhamento da PEC fura-teto
Após o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) denunciar um movimento para “patrolar o Congresso” pela aprovação da Proposta de emenda Constitucional que permita furar o texto do orçamento de 2023 para cobrir as despesas do Auxilio Brasil de R$ 600 reais, teve início um movimento para acalmar os ânimos. O diálogo busca aprovar um texto de consenso no máximo em 30 dias, a tempo de permitir a alteração na proposta orçamentária de 2023. Hoje, o governo eleito não tem maioria para aprovar essa PEC e, na próxima legislatura, a oposição será ainda mais ampla na Câmara e no Senado.