Quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“É uma malandragem jurídica.” – Randolfe Rodrigues (Rede-AP) criticando o ‘reexame’ da decisão do STF pelo Senado.
O ex-presidente Lula vetou pessoalmente a proposta do amigo João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, de negociar acordo de leniência do PT com a Justiça, confessando seus crimes e pedindo desculpas aos brasileiros. Na opinião de Vaccari e de enrolados como o ex-ministro Antonio Palocci, um acordo de leniência poderia abrir caminho para o PT não ser extinto, como prevê a lei, e preservar os mandatos.
Reação imediata
“Tá maluco?”, respondeu Lula ao então presidente do partido, Rui Falcão, portador da proposta de acordo de leniência feita por Vaccari.
Nenhuma surpresa
As ações em que é réu por corrupção e a carta de Palocci permitem entender por que Lula não quer ver o PT confessando seus crimes.
Crença em duendes
Dirigentes petistas acham que Lula até parece acreditar na própria lorota de que não há ninguém mais honesto que ele “nesse País” (sic).
Extinção possível
O risco do PT é concreto: a lei prevê a extinção de partido que financiem suas campanhas com dinheiro roubado dos cofres públicos.
É ilegal o Senado ‘julgar’ afastamento de Aécio
O artigo 53 da Constituição prevê que somente serão submetidas ao Senado ou a Câmara decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo a prisão de parlamentares. Esse não é o caso das medidas cautelares de afastamento do Senado e recolhimento domiciliar noturno determinadas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Por isso, será ilegal ou inócuo eventual exame da decisão pelo plenário do Senado.
Sem cabimento
Para Rodrigo Capez, juiz auxiliar do STF e autor de “Prisão e medidas cautelares diversas”, não cabe ao Senado avaliar medidas cautelares.
Fux avisou
O ministro Luiz Fux advertiu o Senado para a necessidade de fazer cumprir imediatamente a decisão do STF envolvendo Aécio Neves.
Perplexidade
Aécio Neves disse ter ficado perplexo com a decisão do STF. Para ele, o afastamento do mandato é condenação sem processo aberto.
Vai mudar
O governo federal está concluindo o pacote de ajustes na sua área de comunicação social, ainda obedientes às regras estabelecidas nos governos do PT. Mais do que cortes, haverá racionalização de gastos.
Cinto apertado
Sobre o inchaço da máquina, o Ministério do Planejamento informa que concursos foram suspensos com o ajuste fiscal. E o crescimento no número de servidores, 0,3% em 2017, é o menor desde 2013 (1,7%).
Cota para mulheres
Líderes da Câmara fizeram acordo para votar a emenda, parada desde 2015, que reserva 10% das vagas no Congresso às mulheres em 2018. Elas representam, em média, só 11,8% dos parlamentares brasileiros.
Inspiração
Ex-braço direito de Rodrigo Janot, Marcelo Miller inspirou o projeto do do presidente da CPI da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), de fixar quarentena para procuradores que abandonem a carreira.
Cliente demite a Ford
Cliente Ford há décadas no Brasil, um empresário de Brasília informou às concessionárias Smaff e Slaviero que não comprará mais veículos da marca. Seu Fusion está parado na oficina há 70 dias, sem peças.
Alegação frágil
Ao assediar juízes do Trabalho a não aplicar a reforma trabalhista, entidades de classe sugere citar supostas “inconstitucionalidades”, que, na verdade, nem sequer alegaram junto ao Supremo Tribunal Federal.
Pouco muda
Apesar das duas absolvições no TRF-4, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto permanece condenado a 21 anos e dois meses de cadeia e reponde ainda por outras quatro ações penais.
Camarada retirante
Jovem jornalista em Alagoas, o ex-ministro Aldo Rebelo (PSB) redigia discursos para o deputado estadual Renan Calheiros, no fim dos anos 1970. Mas o PCdoB o convocou para militar em São Paulo, a partir de onde refundaria a UNE e mudaria seu destino, fazendo carreira política.
Pensando bem…
… após o PMDB virar MDB, os tucanos avaliam cortar o “p” e virar SDB. Mas rima com SPC, que só lembra nome sujo.
PODER SEM PUDOR
O delegado professor
Nomeado promotor em São João Del Rey, o jovem Tancredo Neves foi chegando e arranjando namorada. Mal sabia que o delegado havia proibido namoro nas praças. Ele tratou de se misturou com a moça aos muitos casais que ocupavam um dos jardins públicos da cidade. A polícia chegou e expulsou todo mundo. Tancredo já ia protestar, até como promotor, quando foi reconhecido pelo delegado. Que, sabido, mostrou que tinha muito a ensinar ao político mineiro:
– Doutor, botei esse pessoal para fora para deixar o senhor à vontade…
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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