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Em visita a galeria de ex-presidentes, Lula critica Temer e Bolsonaro

Presidente cobrou mais detalhes sobre os mandatos dos ex-líderes em galeria exposta no saguão do Palácio do Planalto. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Nessa quinta-feira (9), pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conferiu no Palácio do Planalto a galeria atualizada dos ex-presidentes da República. A exposição de retratos havia sido depredada nos atos de 8 de janeiro de 2023 e foi reinaugurada em 6 de novembro do ano passado.

Acompanhado de Valdomiro Luis de Sousa, chefe de gabinete adjunto do Gabinete da Presidência da República, Lula teceu críticas às descrições que acompanham as fotos dos ex-presidentes. As legendas contam apenas com as datas de nascimento e morte.

O chefe do Executivo cobrou mais detalhes sobre os mandatos. “A única coisa que eu quero é que a pessoa quando vier aqui, e olhar pra cara dele, saber a história de cada um”, disse, durante a visita.

“O que eu quero é que conte a história. A Dilma foi eleita, foi reeleita, depois sofreu impeachment, por um golpe. Depois esse aqui não foi eleito (Michel Temer). Tomou posse em função do impeachment da Dilma”, pontuou, sobre o afastamento da então presidente Dilma Rousseff (PT) após três meses de tramitação do processo iniciado no Senado, em agosto de 2016.

Ao chegar na foto do ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem concorreu diretamente no último pleito, Lula disparou: “Depois esse aqui foi eleito em função das mentiras (Jair Bolsonaro). É isso que tem que contar”, concluiu.

Consultado sobre o comentário do presidente Lula, o ex-presidente Michel Temer respondeu: “Sem comentários!”.

Após a fala de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou o pedido do seu sucessor para incluir a história do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na galeria atualizada dos ex-mandatários da República. O ex-chefe do Executivo ainda acusou o atual governo de tentar “mudar a história”.

“O alçado ao poder, mais uma vez, questiona o processo legítimo e democrático do impeachment de Dilma, e absolutamente nada lhe acontecerá ou será prontamente atribuído, como o contínuo desrespeito às instituições, questionando constantemente o processo democrático, além da fabricação diária de fake news. Tudo aquilo que rotulam nos outros”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais.

“Por isso querem tanto censurar o povo, impedir que você saiba a verdade, e a tentativa ininterrupta de mudar a história, ‘fabricando’ as informações que lhes são convenientes”, acrescentou o ex-presidente.

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