O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a usar nessa quinta-feira (14), o avião presidencial que deu pane no México, em outubro. Lula embarcou por volta das 16h de Brasília ao Rio de Janeiro, onde participará da reunião da cúpula do G20 na próxima semana.
Em 1º de outubro, o Airbus A319 presidencial teve uma pane logo depois de decolar da Cidade do México, onde Lula esteve para a posse de Claudia Sheinbaum na presidência do país.
A aeronave precisou ficar voando em círculo por cerca de cinco horas para que queimasse combustível e, assim, atingisse um peso que permitisse o pouso em segurança. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi destacado para investigar as causas exatas do incidente, que ainda não foram informadas, mas a possibilidade de colisão com pássaros já foi rechaçada.
Durante o período em que o avião esteve fora de serviço, o presidente usou o maior avião da frota da Força Aérea Brasileira (FAB): um dos dois Airbus A330, comprado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022 por 80 milhões de dólares (R$ 463,1 milhões na cotação atual).
Esse modelo é o desejado por Lula para que sirva à Presidência da República. O petista declarou que acha o atual modelo comprado “antiquado” e voltou a considerar sua substituição depois da pane.
Novo avião
O desejo do palaciano teve coro do comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, que defendeu a compra de um novo avião.
“Pessoalmente eu defendo [a compra de uma nova aeronave]. Esse avião completa 20 anos em 5 de janeiro. O avião é seguro, mas além disso ele tem autonomia que nos atende em parte. Acho que um País como o nosso, uma potência mundial, entre as dez maiores economia do mundo deve ter um avião maior, que tenha mais autonomia e mais espaço para levar o mandatário do País”, disse Damasceno.
O Airbus A319, chamado de VC-1 pela FAB, foi adquirido em 2004, no primeiro mandato de Lula e custou US$ 56,7 milhões – US$ 91,7 milhões em valores corrigidos, que na cotação atual é quase R$ 531 milhões.
Porém, o desejo de Lula esbarra no fato de a FAB necessitar da aeronave para missões de reabastecimento em voo, deslocamento rápido de pessoal e socorro aeromédico, além do custo para a conversão para o padrão desejado pelo presidente ser alto. Um desses aviões foi empenhado na missão de resgate de brasileiros no Líbano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.