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Luma de Oliveira está solteira desde julho e não quer casamento, mas sente falta de romance

Sinônimo de rainha de bateria, a musa relembra seus grandes momentos na Avenida. (Foto: Marcos Ferreira/Rio News)

No último fim de semana, em um vídeo da cerimônia de apresentação das rainhas de bateria das escolas de samba do Grupo Especial, na quadra da Mangueira, elas pareciam súditas de Luma de Oliveira, de 55 anos, fora da Avenida há 11, que participou da festa a convite das “meninas”, como as chama. De salto alto e vestido curto azul, a ex-rainha, que já se ajoelhou com ritmistas e usou coleira com o nome do ex-marido, o empresário Eike Batista, sambou, sorriu, roubou a cena.

Hoje, Luma se dá “o direito de não fazer nada’’. Afirma se sustentar com o dinheiro que ganhou ao longo da vida: “Sempre tive hábitos simples’’. Adora estar bronzeada, descolore os pelos da coxa, vê séries e filmes. O último foi “História de um casamento’’, de Noah Baumbach, sobre a separação de um casal. Está solteira desde julho. Não quer casamento, mas sente falta de romance. Confira as melhores partes da entrevista feita pelo Jornal O Globo.

1) Como é ter 55 anos?

A idade, para mim, não é em relação ao físico. Não quero ter 55 anos com cara de 30. Quero maturidade emocional, paciência, conhecimento, equilíbrio.

2) Você desfilou pela última vez em 2009, pela Portela. Por que parou?

Ciclos se fecham, e eu cumpri meu papel. Estava de bom tamanho.

3) Qual é esse tamanho?

O carnaval foi mudando muito, e a rainha de bateria virou uma embaixadora da escola. As responsabilidades começam no meio do ano, e minha vida tem uns percalços. Já aconteceu de, em janeiro, acontecer uma surpresa desagradabilíssima. Como eu ia para a quadra sambar passando por aquilo? Eu não sou fria. Não sou feita de escaninhos.

4) Como arruma os escaninhos?

Sou equilibrada, otimista, rezo para ter força. Isso na parte teórica. Meus meninos aprenderam a ter essa confiança de elevar o pensamento. Às vezes, sem aviso, a onda chega. Meu nome já foi envolvido, mas, graças a Deus, depois de três meses, viram que foi um equívoco. Mas eu acordei um dia e tinham bloqueado tudo meu. Fiquei sem chão.

5) Você fala em “percalço”. Refere-se à prisão de Eike, em agosto de 2019, como choque. Prefere não falar o nome dele?

Não estou credenciada e não conheço a história. Sou ex-esposa, mãe dos filhos. Falo o que aconteceu com eles, que tiveram os bens bloqueados.

6) Você está trabalhando?

Eu me dou o direito de não fazer nada. Guardei dinheiro desde o primeiro trabalho. Também dos meus tempos de modelo, das campanhas que fiz durante o casamento. Sempre tive hábitos simples.

7) Quais foram seus momentos mais marcantes na Sapucaí?

O ano em que a bateria da Viradouro se ajoelhou, em 2001. Foi emocionante ser enredo da Estácio no grupo de acesso, em 2012. E teve o ano da pantera, em 1998, Tradição… Até hoje as pessoas me mandam fotos delas com o meu nome ou o do parceiro na coleira.

8) Como você vê isso em tempos cada vez mais feministas?

Era uma brincadeira. Não imaginava que ia mexer com os padrões de feministas. Aquela coleira era libertadora. Uma mulher submissa não estaria com um maiô sexy, de bota, sambando na frente de 300 ritmistas. Acho todas as conquistas maravilhosas. E ainda falta muito. Mas a liberdade tem que ser para fazer o que a gente quiser.

9) Seus namoros deram o que falar. O jogador Renato Gaúcho, o bombeiro Albucacys… Você está solteira?

Desde julho. Depois do fim do casamento, em 2004, tive três relacionamentos. Não sinto falta de casar. Sinto falta de romance, que só tem nas primeiras semanas (risos)…

10) Para você, o posto de rainha de bateria hoje é ocupado como meio de projeção?

Elas não entram ali com esse propósito. Estão porque gostam. Caso contrário, não iam convencer. Eu também nunca precisei da Sapucaí para ter projeção. Gravei duas novelas, fui casada com um homem que tinha muito dinheiro. Era felicidade pura. E acho que dava para ver no meu rosto.

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