Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de junho de 2017
Madrasta do menino Bernardo Boldrini, a enfermeira Graciele Ugulini, 39 anos, teve o registro profissional cassado pelo Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). A decisão foi tomada na terça-feira (13) pelo Colégio de Presidentes, última instância do Cofen. Graciele está presa e é ré por homicídio qualificado na morte do enteado, assassinado em abril de 2014, aos 11 anos.
O registro foi cassado por 30 anos, seguindo o parecer encaminhado em agosto de 2016 pelo Coren-RS (Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul). O processo ético-disciplinar contra a enfermeira Graciele foi instaurado pelo Coren-RS em junho de 2014, dois meses após ter sido encontrado o corpo do menino Bernardo, em decorrência da ampla divulgação do fato pela imprensa e da constatação, após investigação policial, de que a denunciada teria feito parte do esforço criminoso que levou à morte do enteado.
A plenária do Coren-RS concluiu, em 2016, que a enfermeira Graciele teria participado de atos premeditados, com o objetivo de causar a morte do menino Bernardo, utilizando-se de seu conhecimento técnico na área da Enfermagem para chegar ao resultado do homicídio. “É lamentável que profissionais da Enfermagem utilizem seus conhecimentos técnicos para tirar uma vida, quando a profissão existe para preservar vidas”, diz o presidente do Coren-RS, Daniel Menezes de Souza.
Em abril de 2014, o corpo de Bernardo Uglione Boldrini foi encontrado em uma cova rasa em um matagal em Frederico Westphalen (Norte do RS), cidade vizinha a Três Passos, onde o garoto residia com o pai, Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e sua meia-irmã, Maria Valentina. Após investigações, a Polícia Civil concluiu que a morte do garoto foi planejada pela madrasta, com o apoio do pai da criança e de uma amiga: Edelvânia Wirganowicz. Esta última envolveu o irmão Evandro, que foi acusado de abrir a cova para que as duas mulheres depositassem o cadáver do menino.