Segunda-feira, 03 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2024
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que seus opositores, Edmundo González e María Corina Machado, são responsáveis pela violência, pelos mortos e pela destruição ocorridos no país desde as eleições, no domingo (28). “A Justiça vai chegar”, disse Maduro durante reunião conjunta do Conselho do Estado nessa terça (30).
“A responsabilidade é sua, senhor Edmundo Gonzalez Urrutia, por tudo o que está acontecendo na Venezuela, pela violência criminosa, pelos delinquentes, pelos feridos, pelos falecidos, pela destruição. O senhor será o responsável direto, senhor Gonzalez Urrutia, e a senhora também, senhora Machado. E a justiça vai chegar”, afirmou Maduro.
O mandatário venezuelano afirmou também que o país está sofrendo uma tentativa de desestabilização da comunidade internacional. A fala ocorreu durante uma reunião conjunta do Conselho do Estado. Protestos da oposição tomaram a Venezuela em todas as regiões do país.
“Estamos enfrentando uma investida mundial, do imperialismo estadunidense, de Elon Musk, da direita internacional extremista e do narcotráfico colombiano para se apoderar do país por meio da criminalidade, do caos, da violência, da manipulação e da mentira. E pretendem tomar o poder de maneira violenta, como fizeram queimando várias sedes do Conselho Nacional Eleitoral, queimando as máquinas e agredindo funcionários eleitorais”, disse Maduro.
O presidente disse que “todo o narcotráfico” está apoiando González e chamou o candidato de oposição de “Guaidó 2.0”. Juan Gerardo Guaidó Márquez é um ex-presidente interino da Venezuela.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou nesta terça não reconhecer o resultado das eleições presidenciais anunciado pela Justiça eleitoral venezuelana, que indica vitória do presidente do país, Nicolás Maduro. Em relatório feito por observadores que acompanharam o pleito, realizado no domingo, a OEA diz haver indícios de que o governo Maduro distorceu o resultado.
Um dos principais indícios, segundo o documento, foi a demora na divulgação dos resultados apesar de o país ter urnas eletrônicas. O texto afirma também ter havido relatos de “ilegalidades, vícios e más práticas”.
O relatório concluiu que o Centro Nacional Eleitoral (CNE), a principal autoridade eleitoral da Venezuela, comandada por um aliado do governo venezuelano, proclamou Maduro como vencedor sem apresentar os dados para comprovar o resultado e afirmou que os únicos números divulgados em canais oficiais revelam “erros aritméticos”.
“Mais de seis horas após o encerramento da votação, o CNE fez um anúncio […] declarando vencedor o candidato oficial, sem fornecer detalhes das tabelas processadas, sem publicar a ata e fornecendo apenas as porcentagens agregadas de votos que as principais forças políticas teriam recebido”, diz o texto.
O relatório da OEA também afirmou que o regime venezuelano aplicou “seu esquema repressivo” para “distorcer completamente o resultado eleitoral”.