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Maduro usa boné do MST e pede que o movimento envie agricultores para produzir na Venezuela

O presidente venezuelano falava sobre a produção de alimentos no país quando fez o pedido. (Foto: Reprodução)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, usou um boné do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante um evento na terça-feira (27). Ele recebeu o acessório de pessoas que estavam na plateia e o usou no início de seu discurso. Maduro destacou que recebe “com amor” o MST e, em outro momento de sua fala, convidou o movimento a enviar agricultores para produzir na Venezuela.

“Convido o MST que venha também com centenas dos seus agricultores, que venham produzir na Venezuela com sua experiência. Com as comunas”, disse.

O presidente venezuelano falava sobre a produção de alimentos no país quando fez o pedido.

“MST, me mande uma brigada de mil homens e mulheres do Brasil para produzir em terra venezuelana”, adicionou, sendo aplaudido em seguida.

Maduro declarou que a Venezuela está produzindo o que necessita sem depender do dinheiro vindo do petróleo. Segundo ele, “o que falta” no país são alimentos como batata e feijão –o que poderia ser produzido pelo MST. “Povo brasileiro com a revolução bolivariana”, disse Maduro.

No Instagram, o MST compartilhou parte do discurso do presidente da Venezuela. “No Palácio de Miraflores, em Caracas, o presidente Nicolás Maduro enfatiza o papel crucial da produção de alimentos para garantir a soberania dos povos. O presidente venezuelano também reforça a parceria do MST com os processos da Revolução Bolivariana e reafirma o papel e a experiência do MST na produção de alimentos saudáveis”, lê-se na publicação.

Eleições contestadas

Após um mês das eleições presidenciais da Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país não divulgou as atas eleitorais. Parte da comunidade internacional, incluindo o Brasil, pressionam para que os resultados detalhados sejam publicados.

O CNE e a Justiça venezuelana confirmaram a vitória de Nicolás Maduro, de 61 anos. Entretanto, a oposição afirma que teve acesso a um número suficiente de atas que confirmariam que Edmundo González foi o verdadeiro vencedor do pleito.

González foi intimado pelo Ministério Público da Venezuela a depor sobre um site que divulgou as supostas atas eleitorais. Entretanto, o opositor não compareceu. Nesta quarta-feira (28), a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, participa de um protesto em Caracas. Manifestações após a eleição presidencial deixaram dezenas de mortos e centenas de presos, segundo o governo do país.

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