Roberta Penha da Rosa, 33 anos, já não conseguia mais andar de ônibus nem amarrar os sapatos. E acompanhar o ritmo dos filhos gêmeos era cada vez mais difícil. O que limitava sua vida, segundo ela, eram seus 165 quilos, peso que atingiu depois de sua gestação. “Sempre fui acima do peso, mas fui relaxando depois que engravidei até chegar a esse peso.”
As limitações mostravam que tinha de mudar. Primeiro, tentou fazer a cirurgia bariátrica, mas o procedimento não foi liberado pelo médico por causa de um cisto em seu rim. Então, o melhor seria se dedicar à reeducação alimentar. Um ano depois, Roberta, que vive em São José (SC), já está 65 quilos mais magra e consegue correr e jogar bola com os filhos de 10 anos.
Dieta Dukan.
A atitude inicial de Roberta foi comprar um livro que explicava os fundamentos da dieta Dukan, que recomenda o consumo de mais proteína e pouco carboidrato. O que a atraiu foi o fato de a dieta não restringir a quantidade de porções.
“Estudei o livro e, com base nos alimentos permitidos, montei um cardápio. Em uma semana, perdi 5 quilos. Cada subida na balança era uma emoção, não tem tamanho a felicidade de ver que estava perdendo peso.” A primeira semana, porém, foi um terror. “O corpo não estava acostumado com a dieta, minha cabeça doía e eu tive vontade de desistir.”
Roberta deixou de comer arroz, feijão e macarrão e introduziu um novo ingrediente em seu cotidiano: o farelo de aveia. Ela também reforçou a quantidade de verduras, legumes, frutas, queijo branco, peito de peru e gelatina com zero caloria. Hoje, já sabe fazer receitas adaptadas de pão e outros pratos com menos carboidrato.
Tudo muito diferente de suas refeições de um ano atrás, quando seu café da manhã consistia em uma coxinha e uma lata de refrigerante. Na hora do jantar, o hábito da família era comer pizza, cachorro quente ou outros tipos de lanche. Um refrigerante de 2 litros não era suficiente para o dia inteiro.
Novos hábitos.
Além de mudar os hábitos dentro de casa, Roberta também leva a alimentação saudável para onde vai. Se sai com amigos ou vai a uma festa de família, leva com ela uma marmita com as coisas que pode comer. “Saio, vou para a balada, me divirto, mas peço água ou refrigerante zero”, diz.
A mãe e os irmãos também deram um incentivo importante para ela seguir com a dieta. “Minha mãe sempre me dizia que eu ia morrer e não teria um caixão do meu tamanho. Quando disse que ia começar uma dieta, ela disse: ‘Vamos, estou contigo’.” A irmã, que é personal trainer, também ajudou passando exercícios diários.
Exercícios.
Assim que começou a dieta, passou a fazer caminhadas de 30 minutos com o marido todos os dias. Depois, aumentou o tempo de caminhada e entrou na academia, onde hoje corre na esteira, pedala e faz exercícios de musculação.
Agora, sua autoestima está renovada e sua relação com o marido e os filhos também melhorou. “Quando era obesa, qualquer coisa que eles fizessem me irritava e eu berrava com eles por conta do peso. Como estou mais magra, hoje posso pular corda, correr e jogar bola com eles.” (AG)