Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2022
A Core Scientific informou que seus recursos em caixa estão se esgotando e que por isso decidiu deixar de pagar seus passivos com vencimento próximo
Foto: DivulgaçãoA Core Scientific, maior mineradora de bitcoin do mundo, disse em documento enviado à SEC, o órgão regulador do mercado financeiro dos Estados Unidos, que seus recursos em caixa estão se esgotando e que por isso decidiu deixar de pagar seus passivos com vencimento no final de outubro e início de novembro.
“Dada a incerteza em relação à condição financeira da empresa, existem dúvidas substanciais sobre a capacidade da empresa de continuar operando por um período de tempo razoável”, afirma o documento, colocando uma possível falência no horizonte da companhia.
O site de notícias CoinDesk disse, citando duas fontes não identificadas, que a CoreScientific elevou na semana passada suas taxas para hospedar máquinas de outras empresas para um pouco menos de 10 centavos por quilowatt/hora, no que seria uma tentativa para compensar o aumento no custo da energia e a desvalorização das criptomoedas.
Com o comunicado, as ações da Core Scientific derretem 71,26% na Nasdaq, a US$ 0,29 às 11h57 (horário de Brasília).
Desvalorização
Diversos mineradores de criptomoedas têm sofrido para continuar operando este ano devido à forte desvalorização que se abateu sobre os preços deste tipo de ativo desde o início de 2022.
Em novembro do ano passado, a unidade do bitcoin (BTC) bateu sua máxima histórica aos US$ 69 mil, e hoje a criptomoeda vale US$ 20.632. Com os preços elevados de hardware para minerar bitcoin e os altos custos de energia elétrica para manter a operação, o negócio acaba se tornando inviável quando as cotações das moedas digitais caem muito.
Apesar da situação grave da Core Scientific, o bitcoin cai “apenas” 1% hoje.