Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2022
A defesa da pena de morte cresce entre adultos de 25 a 34 anos; pessoas que consideram o governo de Jair Bolsonaro (PL) ótimo ou bom e com escolaridade até ensino médio.
Foto: DivulgaçãoUma pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada na segunda-feira (12), encomendada pela Globo, aponta que a população brasileira está dividida quando o assunto é pena de morte, mas a grande maioria é favorável à redução da maioridade penal.
Quanto à pena capital, 49% dos eleitores brasileiros são contrários e 42% favoráveis. Os que não são nem a favor nem contra a medida são 6%. Outros 3% não sabem ou não responderam à pergunta. A legislação brasileira não prevê punição a crimes com a morte do criminoso.
Defesa e rejeição
A defesa da pena de morte cresce entre três grupos: adultos de 25 a 34 anos (50% são a favor), pessoas que consideram o governo de Jair Bolsonaro (PL) ótimo ou bom (50%) e com escolaridade até ensino médio (46%).
Já a rejeição à pena de morte cresce entre eleitores mais velhos, com mais de 60 anos (56% são contrários), pessoas que consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo (55%) e evangélicos (53%).
Maioridade penal
A mesma pesquisa apontou que 66% dos eleitores brasileiros é favorável à redução da maioridade penal, hoje em 18 anos. Os que se dizem contra são 27%. Os que não são nem a favor da medida são 4%. Outros 3% não sabem ou não responderam à pergunta.
A defesa da redução da maioridade penal cresce entre pessoas que consideram o governo de Jair Bolsonaro (PL) ótimo ou bom (74% são favoráveis), com renda familiar de 2 a 5 salários-mínimos (73%), e com idade entre 35 a 44 anos (71%).
Os contrários à medida, por outro lado, avançam entre os eleitores de 16 a 24 anos (35% são contrários), moradores do Nordeste (35%) e pessoas que só completaram o ensino médio (31%).
Maioridade no Brasil
No Brasil, maioridade penal é de 18 anos, mas crianças podem ser responsabilizadas a partir dos 12, com internações em entidades como a Fundação Casa, em São Paulo.
A pesquisa ouviu 2.512 pessoas entre 9 e 11 de setembro em 158 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-01390/2022.