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Brasil Maioria de católicos e evangélicos é contra o projeto de lei antiaborto, diz o Datafolha

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57% dos evangélicos e 68% dos católicos são contrários à proposta. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A maioria dos católicos e evangélicos rejeita o projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (20), 57% dos evangélicos e 68% dos católicos são contrários à proposta.

São favoráveis ao projeto 37% dos evangélicos e 28% dos católicos, segundo o levantamento que ouviu 2.021 pessoas de idades a partir de 16 anos, em 115 municípios brasileiros, nos dias 17, 18 e 19 de junho. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os que se declaram católicos, 1% é indiferente ao tema e 3% não sabem opinar. Entre os evangélicos, os percentuais são de 2% e 5%, respectivamente.

O PL antiaborto é de autoria de um parlamentar evangélico, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O projeto fixa em 22 semanas de gestação o prazo máximo para abortos legais. Atualmente, não há no Código Penal um prazo máximo para o aborto legal.

No Brasil, o aborto é permitido por lei em casos de estupro; de risco de vida à mulher e de anencefalia fetal (quando não há formação do cérebro do feto). No entanto, a realização do aborto após as 22 semanas de gestação implica a utilização de uma técnica chamada assistolia fetal, que gera grande polêmica no país.

O PL antiaborto é rejeitado por 66% dos brasileiros. É o que aponta pesquisa Datafolha divulgada na quinta. Outros 29% dos entrevistados são favoráveis à proposta, 2% responderam ser indiferentes e 4% não sabem.

A pesquisa aponta que 69% das mulheres e 62% dos homens afirmam ser contra o PL 1.904, enquanto 34% dos homens e 25% das mulheres apoiaram a iniciativa. A urgência da medida foi aprovada a toque de caixa na semana passada na Casa Legislativa.

A urgência para um projeto significa que ele poderá ser votado diretamente no plenário da Câmara, sem passar pelas comissões temáticas, onde a chance de ser modificado é maior.

Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nessa sexta-feira (21) que o projeto de lei que equipara o aborto depois da 22ª semana ao crime de homicídio é uma “insanidade” e uma ideia de quem não tem “juízo perfeito”.

A votação da urgência e o conteúdo do projeto geraram reação da sociedade. De acordo com o Instituto Datafolha, 66% dos brasileiros são contra o texto.

“Essa loucura do aborto é uma insanidade tão grande, é uma coisa impensável para uma pessoa de juízo perfeito. Temos que enfrentar esse debate, temos que ter coragem de debater e divergir”, disse o presidente em uma entrevista à Rádio Mirante de São Luis.

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