Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2020
Pesquisa da Reuters/Ipsos aponta que 65% dos americanos afirmam que Trump poderia ter evitado a Covid-19 se ele tivesse levado a sério o risco de infecção
Foto: Joyce N. Boghosian/Casa BrancaA maioria dos americanos acredita que o presidente Donald Trump poderia ter evitado a infecção de coronavírus que o deixou doente, de acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada neste domingo (04).
Trump foi internado na sexta-feira (02) no Centro Médico Militar Walter Reed, perto da capital Washington – segundo a Casa Branca, foi uma medida de precaução. A hospitalização deverá durar alguns dias.
O último boletim sobre a saúde do presidente dos EUA, divulgado na noite de sábado (03), indica que ele teve “uma melhora substancial, embora ainda não esteja fora de perigo”. A pesquisa da Ipsos/Reuters aponta que 65% dos americanos afirmam que se Trump tivesse dado mais atenção ao risco, ele provavelmente não estaria com Covid-19.
Entre os entrevistados, 34% disseram que Trump tem dito a verdade sobre o coronavírus, 55% dizem que o presidente não foi honesto e 11% não têm certeza. A forma como o governo federal respondeu à pandemia é reprovada por 57% dos entrevistados. É uma alta de 3 pontos percentuais em relação à última pesquisa, feita na semana passada.
Campanha sem atos presenciais
Os americanos não apoiam os atos políticos presenciais: 67% são contra comícios e 59% dizem acreditar que os debates devem ser adiados até a recuperação de Trump. O próximo encontro entre Joe Biden, o candidato do Partido Democrata, e Trump, que concorre pelo Partido Republicano, estava marcado para o dia 15 de outubro.
Vantagem de Biden
Após a notícia da doença de Trump, que está internado com Covid-19, Biden abriu sua maior vantagem nas pesquisas em um mês.
A pesquisa mostra que entre os adultos que devem votar no dia 3 de novembro, 51% apoiam Biden, 41%, Trump. Outros 4% estão propensos a escolher um terceiro candidato, e os demais estão indecisos. A pesquisa não capturou uma onda de apoio ao Trump em decorrência de sua doença. Isso só aconteceu entre o grupo que já era eleitor do presidente.
Dados da pesquisa
Feita pela internet durante os dias 2 e 3 de outubro, a pesquisa foi respondida por mais de mil pessoas.