Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de junho de 2015
Ficar de mal com o espelho não é exclusividade das mulheres. A maioria dos homens não está satisfeita com o seu corpo, segundo pesquisa feita pelo aplicativo OnePulse, no Reino Unido.
Apenas 8% dos entrevistados se disseram “muito felizes” com a atual forma física. Outros 11% não gostam da própria imagem, e integrantes de outra fração igual chegaram a declarar que odeiam a sua aparência.
Críticas também incomodam: somente 22% deles não se sentem pressionados a mudar a forma física. E a maior parte desta pressão vem das mulheres (29%), seguida dos amigos (16%). Foram questionados aproximadamente 500 homens e 400 mulheres, entre 16 e 65 anos.
O verão é um dos principais incentivos para dar a volta por cima, motivando 33% dos homens a fazer exercícios. Outros 22% se sentem incentivados o ano inteiro e 20% não sentem motivação nunca. “Hoje em dia, as pessoas estão mais exigentes com a aparência”, avalia a endocrinologista Ana Cristina Belsito. A médica diz que a preocupação se divide entre saúde e estética e fica evidenciada nos exercícios, na alimentação e até em cirurgia plásticas. “As novas gerações estão cada vez mais informadas”, destaca.
Limites.
Ana Cristina lembra, no entanto, que a busca pelo corpo perfeito tem limites. “Existe o excesso de preocupação, quando a vida da pessoa passa a girar em torno daquilo”, ressalta. Segundo a especialista, o exagero na musculação, por exemplo, pode causar lesões em músculos e articulações.
Ela alerta também para o uso excessivo de suplementos de proteína, que pode levar a problemas nos rins. A dica principal é paciência: “Não se muda de uma hora para outra”.
Ana Cristina recomenda o acompanhamento com um nutricionista. “Não adianta só fazer exercício ou só se preocupar com a alimentação”, diz.
Mulheres estão ainda mais descontentes.
O descontentamento com a forma física é ainda maior entre as mulheres. Somente 3% das entrevistadas estavam felizes com o corpo. Enquanto isso, 39% não se sentiam confiantes para usar um biquíni em público e 19% disseram odiar sua forma física.
Se pudessem escolher uma área do corpo para mudar, 41% das mulheres gostariam de diminuir a barriga. Pernas torneadas são o sonho de consumo de 20% delas, seguidas por uma cintura mais fina (15%) e também por braços mais fortes (12%).
Ana Cristina acredita que essa exigência das mulheres é algo consolidado. “A preocupação da mulher é intrínseca, da própria feminilidade. A mulher tem um comportamento mais vaidoso”, confirma a endocrinologista. (AD)