Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2023
Informação divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil detalhou que mais 47 brasileiros, acompanhados de familiares, conseguiram deixar a Faixa de Gaza. O grupo, com um total de 78 pessoas, cruzou a fronteira com o Egito rumo à cidade do Cairo, capital do país norte-africano, e deve embarcar para Brasília neste domingo (10).
“Após o pernoite, o grupo deixará o Egito a bordo de avião da Força Aérea Brasileira [FAB]”, diz o comunicado oficial. Este será o 11º voo da operação ‘Voltando em Paz’, ampliando assim para 1.524 o número de cidadãos do País retirados com acompanhantes – em exatos dois meses – da região de conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas.
Um equipe da Embaixada brasileira no Egito acompanha presencialmente o processo. Ainda de acordo com o Itamaraty, desta vez são 78 indivíduos de uma lista original com 102 nomes submetidos às autoridades locais para autorização de saída da Faixa de Gaza.
Receberam o sinal-verde 11 brasileiros-palestinos e 36 palestinos, incluindo 27 menores de idade, 16 mulheres (duas delas idosas) e quatro homens adultos. Outros 24 tiveram o pedido recusado, incluindo sete brasileiro-palestinos.
Nova ajuda humanitária
Também nesse sábado, um cargueiro da FAB decolou do Rio de Janeiro com destino à cidade egípcia de Al-Arish para levar 11 toneladas de alimentos para ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Os donativos devem ser desembarcados na terça-feira (12).
A rota tem paradas técnicas na Base Aérea do Recife (PE), Cabo Verde, Portugal, Grécia e Egito até chegar ao destino final que é Al-Arish, também no Egito, onde a carga será descarregada. A operação é coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação.
Conflito
No dia 7 de outubro, o grupo Hamas – que controla militar e politicamente a Faixa de Gaza – lançou um ataque-surpresa a Israel, por via área e terrestre, utilizando mísseis e combatentes armados. O resultado foi a morte de diversos civis e militares, além da tomada de centenas de reféns, inclusive estrangeiros.
A resposta do país judeu foi o bombardeamento de várias infraestruturas em Gaza, em paralelo à imposição de um amplo cerco ao território vizinho. A logística abrangeu corte do abastecimento de água, combustível e energia, dentre outras ações.
Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. A guerra tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos do Oriente Médio, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.