Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de janeiro de 2023
A investigação do Departamento de Justiça sobre papéis confidenciais do governo norte-americano encontrados na casa do presidente Joe Biden pressionam o democrata, num momento em que a base radical do Partido Republicano ganha força no Congresso.
A Casa Branca informou que, nesse sábado (14), mais cinco páginas de documentos confidenciais foram encontradas em uma sala adjacente à garagem da casa da família do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na cidade de Wilmington, no estado de Delaware.
Os documentos são da época em que Joe Biden era vice-presidente (2009-2017). Os papéis foram encontrados na quinta (12), depois da chegada do advogado da Presidência, Richard Sauber. A lei americana proíbe ex-presidentes e ex-vice-presidentes de manter documentos de Estado em sua possessão após o fim do mandato.
Essas novas páginas se somam a outros arquivos encontrados nessa semana na residência da família do presidente, e outros documentos confidenciais encontrados em novembro passado em um escritório de Washington.
Conforme a Casa Branca, os advogados não analisaram os textos por não terem as autorizações necessárias para consultá-los, e avisaram o Ministério da Justiça. Uma lei de 1978 obriga os presidentes e vice-presidentes americanos a enviar todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho para o Arquivo Nacional.
Washington alega “erro” e fala de documentos tomados “inadvertidamente” por Biden.
Investigação
A descoberta dos documentos frustra o plano de Biden de usar o bom momento da economia para promover seu nome para a reeleição em 2024.
Os republicanos do Congresso, que apenas alguns dias atrás estavam exibiam uma discórdia profunda que quase chegou a uma briga no plenário da Câmara, agora estão propondo novas investigações e inquéritos.
O presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos (órgão equivalente à Câmara dos Deputados), Kevin McCarthy, pediu que o Congresso do país abra uma investigação após a descoberta de documentos oficiais confidenciais na residência particular do presidente Joe Biden e em outros locais.
Ele afirmou que o episódio dos documentos é “um novo passo em falso da administração Biden”.
O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, nomeou um advogado especial, Robert Hur, para assumir a investigação sobre o potencial uso indevido de documentos classificados pelo presidente Biden.
Um impacto imediato da investigação das estratégias políticas de Biden diz respeito a seu antagonismo com Trump. A posse de documentos confidenciais de Biden provavelmente o privará da capacidade total de criticar o ex-presidente pela forma como manuseou materiais sensíveis – mesmo que os casos e a abordagem dos dois tenham várias diferenças.