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Mais da metade das mulheres brasileiras se considera feminista

O Brasil está acima da média global (47%) entre as mulheres que concordaram com a frase “eu me defino como feminista”. (Foto: Shutterstock)

Mais da metade das mulheres brasileiras (51%) considera-se feminista. Ficam, dessa forma, acima da média global (47%) entre as mulheres que concordaram com a frase “eu me defino como feminista”. O levantamento, feito para o Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8), foi realizado pela Ipsos, em 30 países.

A lista de nações com mais mulheres feministas é puxada pela Romênia (80%), seguida de Índia, Malásia e África do Sul (todas com 64%). Na outra ponta, dos menores índices, Rússia (17%) e Japão (21%).

O feminismo faz mais mal do que bem à sociedade? Esta foi uma das perguntas feitas pela Ipsos a adultos de 30 países durante a pesquisa Dia Internacional das Mulheres 2022. Entre os brasileiros, mas de 1 a cada 5 (23%) considera que o movimento traz mais prejuízos que benefícios. O índice está abaixo da média global (26%). A Rússia atingiu o maior índice de concordância com a afirmação (42%) e a Holanda, o menor (12%).

Embora tenham registrado uma expressiva visão crítica ao movimento, os brasileiros estão entre os que menos acreditam que o feminismo provocou perdas políticas, econômicas e sociais para os homens: apenas 13% acham isso, o segundo menor índice entre as 30 nações pesquisadas, empatado com França e atrás apenas da Itália (12%). A percepção de que o sexo masculino perdeu privilégios devido ao feminismo é mais forte entre poloneses (38%) e chineses (28%).

Quando o assunto é desigualdade de gênero, somente 12% dos brasileiros não reconhecem que ela existe de fato, índice abaixo da média global (18%), mas maior que Japão (5%) e Bélgica (11%), que registraram os menores índices. A percepção de que não existe desigualdade de gênero é maior na Arábia Saudita (35%) e na Malásia (28%).

Masculinidade Tradicional

Na mesma pesquisa da Ipsos, os entrevistados foram questionados se a “masculinidade tradicional” está ameaçada hoje em dia. Mais de um em cada quatro brasileiros (27%) acredita que, sim, os valores masculinos tradicionais estão sendo questionados atualmente. Esta percepção é mais acentuada entre os russos (55%) e os húngaros (42%) e menos presente entre italianos (16%), turcos (19%) e holandeses (19%).

Sobre a pesquisa

A pesquisa Dia Internacional das Mulheres 2022 foi realizada entre os dias 21 de janeiro e 4 de fevereiro. Foram entrevistadas 20.524 pessoas on-line, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, com idades entre 16 e 74 anos. No Brasil, a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

Além do Brasil, integram a pesquisa: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Romênia, Rússia, Singapura, Suécia e Turquia.

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