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Política Mais de 100 empresas são suspeitas de financiar atos criminosos em Brasília

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De acordo com investigações, pessoas jurídicas forneceram dinheiro para bancar os ônibus que transportaram manifestantes. (Foto: TV Globo/Reprodução)

Mais de 100 empresas já foram identificadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) como suspeitas de financiar os atos criminosos em Brasília no último domingo (8). A instituição pediu o bloqueio de bens dos investigados. Conforme as investigações, o dinheiro dessas pessoas jurídicas foi utilizado para bancar ônibus que transportaram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro até a capital federal.

Além disso, a verba auxiliou a manutenção de um acampamento, que permaneceu por mais de 60 dias em frente ao Quartel General do Exército em Brasília questionando a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.

Nesta terça-feira (10), a AGU apresentou medidas cautelares junto à Justiça Federal do Distrito Federal (DF) para que os bens em nomes dessas empresas sejam bloqueados.

Segundo a AGU, um dos objetivos do bloqueio de bens é utilizar esses recursos para cobrir os gastos provocados pelo dano ao patrimônio público promovido na invasão às sedes dos Três Poderes.

Restauradores

O Ministério da Cultura acionou uma força-tarefa de restauradores do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico) e do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) para recuperar objetos destruídos no Palácio do Planalto após invasão no domingo.

A ministra Margareth Menezes informou que se reuniu com técnicos na segunda-feira (9) e que conta com grupo de especialistas e restauradores de arte de todo o país.

Menezes classificou momento de “estarrecedor” e contou que recebeu telefonema de Marlova Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil, que se colocou também à disposição para ajudar no trabalho de reparação dos danos.

A ministra lembrou que Brasília é patrimônio histórico material e imaterial do Brasil.

“É urgente avaliarmos os danos e começarmos a recuperação e restauro de todo patrimônio que foi brutal e absurdamente arrasado. Um quadro de Di Cavalcanti destruído a facadas revela tamanha ignorância e violência desses atos abomináveis. Brasília é patrimônio histórico material e imaterial do Brasil e vamos trabalhar unidos para a reconstrução de tudo que foi violado”, afirmou em nota.

Intervenção federal 

O plenário do Senado aprovou nessa terça o decreto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro deste ano.

O texto foi aprovado na segunda (9), sem alterações, pelo plenário da Câmara dos Deputados em sessão extraordinária convocada às pressas após a publicação do decreto em decorrência dos atos criminosos ocorridos neste domingo (8) contra os Três Poderes, em Brasília.

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https://www.osul.com.br/mais-de-100-empresas-sao-suspeitas-de-financiar-atos-criminosos-em-brasilia/ Mais de 100 empresas são suspeitas de financiar atos criminosos em Brasília 2023-01-10
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