Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2022
Volodymyr Zelenskiy exigiu que a Organização das Nações Unidas punisse a Rússia por bombardeios aéreos contra infraestrutura civil
Foto: DivulgaçãoMais de 15 mil pessoas desapareceram durante a guerra na Ucrânia até agora, disse um funcionário da Comissão Internacional de Pessoas Desaparecidas (ICMP, na sigla em inglês) nesta quinta-feira (24). A organização com sede em Haia, criada após as guerras dos Bálcãs na década de 1990, abriu um escritório em Kiev em julho para ajudar a Ucrânia a documentar e rastrear pessoas desaparecidas.
O diretor de programa da comissão para a Europa, Matthew Holliday, disse que não está claro quantas pessoas foram deslocadas à força, detidas na Rússia, vivas e separadas de seus familiares ou mortas e enterradas em covas improvisadas.
Investigação
O processo de investigação dos desaparecidos na Ucrânia durará anos, mesmo após o fim dos combates, disse Holliday à Reuters em entrevista. O número de 15 mil é conservador quando se considera que apenas na cidade portuária de Mariupol, as autoridades estimam que 25 mil pessoas estejam mortas ou desaparecidas.
“Os números são enormes e os desafios que a Ucrânia enfrenta são vastos. Além disso, eles estão travando uma guerra contínua também contra a Federação Russa”, disse Holliday.
Holiday falou depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, exigiu que a Organização das Nações Unidas punisse a Rússia por bombardeios aéreos contra infraestrutura civil, depois que um ataque maciço de mísseis mergulhou as cidades da Ucrânia na escuridão e no frio.