Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2019
Mais de trinta mil pessoas se manifestaram na Grécia neste domingo (17) em comemoração ao levante estudantil de 1973 contra a junta militar no poder na época, em meio a um clima de tensão e sob forte presença policial.
A manifestação, uma das mais importantes e pacíficas em anos, foi a primeira desde a eleição do novo governo conservador de Kyriakos Mitsotakis, eleito em julho com o compromisso de fortalecer a lei e a ordem.
Um cartaz levado por manifestantes dizia “Abaixo o governo da direita”, enquanto alguns repetiam lemas como “Os levantes não acabam em museus”. Algumas bandeiras americanas e da União Europeia foram queimadas.
Também havia cartazes contra as reformas trabalhistas e educacionais e palavras de ordem foram proferidas contra os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Só em Atenas marcharam 20 mil pessoas em memória às dezenas de mortos durante a repressão militar ao levante estudantil na Escola Politécnica de Atenas, em 17 de novembro de 1973.
Outras dez mil pessoas marcharam em Tessalônica, a segunda cidade do país, onde manifestantes atiraram coquetéis molotov na direção de automóveis, informaram autoridades locais. Cerca de cinco mil policiais, apoiados por drones, helicópteros e jatos d’água foram mobilizados na capital para esta marcha anual.