Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2022
A descoberta de valas comuns levantou sérias questões sobre possíveis crimes de guerra, afirmou a ONU
Foto: ReproduçãoA procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, afirmou, neste domingo (03), que os corpos de 410 civis foram encontrados ao redor da capital Kiev. Muitos desses cadáveres estavam espalhados pelas ruas da cidade de Bucha, depois que o Exército russo deixou a região.
A descoberta de valas comuns levantou sérias questões sobre possíveis crimes de guerra, afirmou a ONU (Organização das Nações Unidas). “Estou profundamente chocado pelas imagens de civis mortos em Bucha”, disse o secretário-geral da entidade, Antonio Guterres.
Autoridades ucranianas afirmaram no sábado (02) que cerca de 280 pessoas foram enterradas em valas comuns. “Todos foram fuzilados”, revelou o prefeito de Bucha, Anatoly Fedoruk.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, acusou a Rússia de cometer um genocídio no seu país. “Na verdade, isso é genocídio. A eliminação de toda a nação e de um povo”, disse Zelenskiy.
“Somos cidadãos da Ucrânia e não queremos ser subjugados à política da Federação Russa. Essa é a razão pela qual estamos sendo destruídos e exterminados”, prosseguiu.
O Ministério da Defesa da Rússia negou neste domingo, em um comunicado, que as suas forças militares tenham matado civis em Bucha. A pasta afirmou que todas as unidades russas deixaram a cidade no dia 30 de março e que imagens e fotografias mostrando cadáveres são “mais uma provocação”.
A Rússia disse que sua “operação militar especial” visa degradar as Forças Armadas ucranianas e tem como alvo instalações militares, não civis.