Autoridades do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo Hamas, estimam que mais de 50 mil palestinos morreram em quase 18 meses de conflito. A informação foi divulgada neste domingo (23).
Ao longo da guerra, Israel sempre contestou os dados publicados pelas autoridades de Gaza. Após dois meses de relativa calma na guerra, os moradores de Gaza estão novamente fugindo depois que Israel efetivamente abandonou um cessar-fogo, lançando uma nova campanha aérea e terrestre na última semana contra o Hamas.
Explosões ecoaram por todo o norte, centro e sul da Faixa de Gaza no início deste domingo, enquanto aviões israelenses atingiram vários alvos nessas áreas. Testemunhas disseram que se trata de uma escalada dos ataques que começaram no início da semana.
Autoridades de saúde do Hamas afirmam que pelo menos menos 30 palestinos foram mortos em ataques israelenses em Rafah e Khan Younis até agora neste domingo. Os mortos incluíam três funcionários municipais, disseram médicos.
Segundo o comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza, estima-se que 50.021 palestinos foram mortos e 113.274 feridos desde o início da guerra.
Também neste domingo, um ataque israelense no sul de Gaza matou Salah al-Bardaweel, um líder político do grupo terrorista Hamas. Autoridades israelenses não fizeram comentários imediatos.
Bardaweel era membro do escritório político do Hamas, e chegou a chefiar a delegação do grupo terrorista para negociações indiretas de trégua com Israel em 2009. Ele também liderou o escritório de mídia do grupo em 2005.
“Seu sangue, o de sua esposa e mártires, continuará alimentando a batalha pela libertação e independência”, disse o grupo.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse repetidamente que o principal objetivo da guerra é destruir o Hamas como uma entidade militar e governamental.
Ele disse que o objetivo da nova campanha é forçar o grupo terrorista a entregar os reféns restantes. Israel lançou seu ataque inicial a Gaza depois que os combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com as contagens israelenses.
O Hamas acusou Israel de violar os termos do acordo de cessar-fogo de janeiro ao se recusar a iniciar negociações para o fim da guerra e a retirada de suas tropas de Gaza. Mas o Hamas disse que ainda está disposto a negociar e estava estudando propostas de “ponte” do enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff.