Até o início da noite desta sexta-feira (18), mais de 4,12 milhões de habitantes do Rio Grande do Sul já haviam recebido a primeira dose de vacina contra o coronavírus. O contingente representa 70,3% do grupo prioritário (5,25 milhões de gaúchos), 46,1% dos indivíduos vacináveis (8,95 milhões de adultos em geral) e 36,4% da população geral (11,3 milhões).
Já a segunda dose do imunizante, por sua vez, contempla até agora quase 1,66 milhão. De acordo com dados da Secretaria da Saúde, isso representa 31,5% do grupo prioritário, 18,5% dos indivíduos vacináveis e 14,6% da população geral nos 497 municípios do Estado. Os dados constam na plataforma oficial vacina.saude.rs.gov.br.
A campanha começou no dia 19 de janeiro, em Porto Alegre. Cabe ressaltar que, do ponto-de-vista técnico, considera-se como imunizado somente quem recebeu as duas injeções, pois os três fármacos em uso até agora no Rio Grande do Sul têm por base esse ciclo para garantir proteção efetiva contra manifestações severas da doença.
Quanto à abrangência nos procedimentos de primeira dose, o predomínio é do imunizante de Oxford-Astrazeneca (56,4%), seguido pela Coronavac-Butantan (38,9%) e Pfizer-Comirnaty (4,7%). Já no que se refere à segunda dose, ainda prevalece a Coronavac (85,7%), tendo na vice-liderança a Oxford (13,1%) e em terceiro lugar a Pfizer (1,2%).
Situação da Coronavac
O desembarque de 110,2 mil doses de vacinas Coronavac no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira, permitirá que as prefeituras completem o esquema vacinal para quem recebeu a primeira dose. Conforme estimativa do governo do Estado, o número corresponde ao contingente de gaúchos com a segunda injeção em atraso no que se refere a esse fármaco.
A análise leva em consideração as informações repassadas pelas secretarias municipais de Saúde às suas respectivas coordenadorias, bem como registros do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Cidades como Porto Alegre já estão, inclusive, mobilizadas para mutirões com esta finalidade nas próximas horas.
“Pedimos que, em caso de excedente, o imunizante não seja aplicado como primeira dose, pois isso geraria a necessidade de reservar unidades que não temos como garantir neste momento para futuras segundas doses”, frisou a titular da Secretaria Estadual da Saúde (SES), Arita Bergmann. “As sobras devem ser devolvidas para novo rateio.”
Outra recomendação é de que as autoridades locais priorizem a vacinação de cuidadores de pacientes menores de 18 anos com deficiência permanente. “Trata-se de um público que muitas vezes tem a saúde fragilizada, e os seus cuidadores podem ser vetores de transmissão do coronavírus”, acrescenta a diretora de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Ana Costa.
(Marcello Campos)