Um levantamento sobre a retomada das aulas presenciais em todo o Brasil aponta que, caso as escolas reabrissem neste mês, 73,7% dos pais ou responsáveis se recusariam a enviar os seus filhos para as salas de aula por causa da pandemia de coronavírus. Para 40%, o retorno das atividades nas instituições de ensino deve ocorrer somente em 2021.
Além disso, 94% dos entrevistados afirmam que o mais importante para a reabertura das escolas públicas e privadas é respeitar as normas sanitárias como distanciamento, higienização e uso de máscaras, entre outras medidas.
Os dados são da pesquisa As Escolas Brasileiras no Contexto do Coronavírus, feita a pedido da União Pelas Escolas Particulares de Pequeno e Médio Porte entre 22 e 29 de junho. Participaram do levantamento 14.307 responsáveis por estudantes de 407 escolas de todo o País, desde a educação infantil até o ensino médio.
Entre os pais e responsáveis que não enviariam os filhos para a escola em julho, 51,9% apontam como principal motivo a indefinição sobre medidas preventivas que devem ser tomadas para preservar a saúde, e 21,8% dizem que esperariam mais um pouco para saber como será esse processo.
A maioria dos pais concorda que haverá alterações na rotina escolar. Para 78,9%, a volta às aulas presenciais deveria ocorrer em dias alternados; 43,2% afirmam que deveria ser com horário reduzido e 35,7% dizem preferir manter a carga horária.
Desde março, as aulas presenciais estão suspensas em todo o Brasil devido à Covid-19. A maioria dos Estados, entre eles o Rio Grande do Sul, não tem previsão de reabertura das salas de aula.