Investigadores da Lava-Jato trabalham com a previsão de que boa parte do conteúdo das delações da Odebrecht seja tornada pública na primeira quinzena de fevereiro.
A divulgação dos relatos de 77 delatores ligados à empresa causa apreensão no mundo político, que deve ser diretamente atingido pelas investigações. A expectativa de investigadores é de que o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, retire o sigilo da maioria dos cerca de 900 depoimentos tão logo as delações sejam homologadas. Isso deve ocorrer após o fim do recesso do Judiciário, nos primeiros dias de fevereiro.
Uma pequena parte do material, no entanto, deverá ser mantida sob sigilo, para não comprometer o aprofundamento das investigações. Como relator da Lava-Jato na Corte, cabe a Teori validar as delações. Para isso, uma equipe do ministro analisa todo o material durante o recesso. O acordo resultou de uma longa negociação, que se estendeu durante quase todo o ano de 2016. (AE)