Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A burocracia é responsável por um universo de procedimentos e normas que aumentam com o passar dos anos e que trazem como resultado a progressiva restrição da construção de novos empreendimentos na nossa Capital. O processo lento e custoso para se conseguir uma permissão para construir em seu próprio terreno aniquila a possibilidade de empreendimentos inovadores. A cidade precisa se renovar. Apesar da crise, novos negócios estão surgindo, com um comportamento diferente, protagonizado pelas novas gerações, e as regulamentações devem moldar-se a ele, caso contrário, seremos a eterna vanguarda do atraso.
O exacerbado formalismo é responsável pelo engessamento do desenvolvimento das empresas, principalmente as pequenas construtoras. Os diversos tentáculos burocráticos devem ser reduzidos a fim de unificar e enxugar os processos pelos quais as permissões devem tramitar. As regulamentações, que hoje favorecem organizações que têm algum vínculo político ou pessoal, devem favorecer a todos sem nenhuma distinção. As construtoras pequenas e familiares, com investimento próprio, não podem continuar deslocadas no mercado e atrás de uma papelada sem fim.
O momento nunca foi tão propício para revermos as limitações que estão desestimulando pequenos empresários a investirem na cidade. Está visível que Porto Alegre virou uma cidade repleta de terrenos e imóveis largados e sem quaisquer possibilidades de serem usados devido à falta de recursos ou entraves nas permissões. Uma cidade arquitetonicamente bonita requer mudanças no atual plano diretor, isso é fato. O empresário já sofre com sindicatos, altos impostos e processos trabalhistas muitas vezes sem qualquer fundamento. A presença do Estado sempre foi justificada para facilitar e garantir as transações, no entanto, sua presença é perversa e nefasta para os empreendedores, afetando principalmente os mais pobres, que ficam sem empregos. Será que O Estado e as instituições públicas não podem criar meios mais fáceis e transparentes para quem ainda almeja empreender e criar riquezas para a sociedade antes que seja tarde demais?
Nina Mazzali é empresaria e associada do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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