Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2023
O ato foi realizado em diversas cidades do país
Foto: O SulManifestação em Porto Alegre reuniu centenas de pessoas no Parcão, em repúdio às prisões após os atos de 8 de janeiro, a cassação do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR), e a indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF).
O ato organizado pelo Partido Novo foi realizado em diversas cidades do país, como em São Paulo. Parlamentares do Novo, PSC, PP e Republicanos estiveram presentes.
Os manifestantes, muitos deles vestidos com as cores verde e amarelo em alusão à bandeira do Brasil, se concentraram no Parcão, localizado na Avenida Goethe. Carro de som foi disponibilizado para o protesto e os presentes pediam o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do seu vice Geraldo Alckmin.
Dallagnol
No dia 16 de maio, Dallagnol, eleito deputado federal pelo Podemos do Paraná, teve o mandato cassado pelo TSE. O ex-procurador foi alvo de uma ação que questionava o seu registro de candidatura.
Para o TSE, Dallagnol, ex-procurador da Lava-Jato no Paraná, infringiu a Lei da Ficha Limpa ao se demitir do Ministério Público enquanto ainda respondia a processos disciplinares internos. Esses processos poderiam levar a punições.
O ex-procurador foi alvo de uma ação no TSE que questionava o registro de candidatura dele.
8 de janeiro
Mais de mil pessoas foram indiciadas por participação nos atos extremistas do dia 8 de janeiro. Naquele dia, manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. O prejuízo foi calculado em R$ 26,2 milhões.
Zanin
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou na quinta-feira (1º) a indicação do seu advogado Cristiano Zanin a uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em mensagem enviada ao Senado, Lula oficializou a escolha do advogado para assumir o lugar do ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril.
Zanin ainda terá de passar por sabatina no Senado e depois ter o nome aprovado pelo plenário da Casa.
Se aprovado, o advogado, que atuou na defesa de Lula nos processos decorrentes da Operação Lava Jato e no próprio Supremo, poderá se deparar com ações relacionadas à operação, além de processos de interesse do governo e de Lula.
Zanin, se confirmado para o STF, vai ocupar uma cadeira na 1ª Turma, colegiado que não é o responsável pelas ações da Lava Jato na Corte. No entanto, pode se deparar com procedimentos caso algum chegue em plenário.
Ele está impedido de julgar casos da operação em que atuou como advogado. Em outras ações, no entanto, não há vedação expressa.