Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2021
A divulgação foi suspensa pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
Foto: Rovena Rosa/Agência BrasilA carta aos três poderes assinada por entidades de classe aponta “grande preocupação” com a “escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas” e pede “serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer e a gerar empregos”.
O trecho está na versão mais recente da carta. O manifesto também pede “harmonia” aos três poderes da República. A divulgação foi suspensa pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
A previsão inicial era que o texto fosse publicado terça-feira (31) e contasse com a assinatura de cerca de 200 entidades de classe – entre elas a Abag (Associação Brasileira de Agronegócio), o IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo), a Fecomércio e a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
A carta surgiu de uma ideia inicial da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), encampada depois por Skaf.
“Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira”, diz outro trecho da carta.
No domingo (29), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a conversar com Skaf. Lira defendeu esperar que a divulgação ocorresse apenas depois de 7 de setembro.
A Fiesp diz que a suspensão não teve a ver com o pedido de Lira. Segundo a entidade, houve muito interesse pelo manifesto e que resolveu, então, esperar novas adesões.
Leia a íntegra da carta
“A Praça é dos Três Poderes
A Praça dos Três Poderes encarna a representação arquitetônica da independência e harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, essência da República. Esse espaço foi construído formando um triangulo equilátero, cujos vértices são os edifícios- sede de cada um dos poderes.
Esta disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais. Em resumo, a harmonia tem de ser a regra entre eles.
Este princípio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurídico do país. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe.
As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e assim possa reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população.
Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira.”