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Geral Mapa das alianças nas capitais mostra pouco alinhamento a Lula ou Bolsonaro

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Somente dois partidos, o PSB e o Republicanos, na maioria dos casos repetiram no plano local o mesmo alinhamento nacional. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O PT e o PL, partidos que encarnam a polarização nacional entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro estão relativamente isolados no mapa de alianças majoritárias das principais siglas nas capitais, conforme mostra o registro de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que encerrou na última quinta-feira.

Somente dois partidos, o PSB e o Republicanos, na maioria dos casos repetiram no plano local o mesmo alinhamento nacional. O PSB compartilha a mesma coligação com o PT em 13 capitais. O Republicanos está na mesma aliança com o PL em 12.

Nem mesmo o Psol e o Novo, que estão em extremos ideológicos opostos, buscaram essa composição. No caso destes dois partidos, a preferência foi por lançar candidatura própria. O Psol conta com 17 nomes nas 26 capitais, recorde entre os partidos. Esta conta inclui Samuel Costa, candidato do Rede em Porto Velho, que é um partido federado. O Novo lançou em 14.

As outras grandes siglas de direita, como União Brasil, PP, PSD e MDB optaram na maioria dos casos por construir alianças entre si ou mesmo com partidos do polo oposto. Casos típicos, por exemplo, são os de Manaus e Cuiabá, onde dois candidatos do União Brasil, Roberto Cidade e Eduardo Botelho, presidentes das respectivas Assembleias Legislativas, formaram grandes coligações patrocinadas pelos governadores Wilson Lima (União Brasil-AM) e Mauro Mendes (União Brasil-MT). O PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin está com o União Brasil nessas duas capitais, em parceria ainda com o Republicanos e o PP.

Não é o único caso de parceria heterodoxa. Em Porto Alegre, Juliana Brizola (PDT) recebeu o apoio do União Brasil e do PSDB do governador Eduardo Leite.

A neta do ex-governador Leonel Brizola terá a difícil missão de tentar romper a polarização entre Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT), que nesse caso repetem a bipolaridade nacional. Melo conta com PSD e PP e tem o aval do PL.

O União Brasil concorre fora dos dois polos em 16 capitais, e com candidatura própria em 13 delas. São raríssimas suas alianças com o PT. Se juntaram em duas cidades, Recife e São Luís, apoiando nomes do PSB. Já com o PL há alianças em oito dessas cidades, sendo que recebe o apoio da sigla em três ( Salvador, Porto Velho e Natal) e a apóia em três ( Maceió, Palmas e Porto Velho). O fato de não caminhar junto com o PL, contudo, nem sempre significa estar longe do bolsonarismo. Rodrigo Amorim (União Brasil) no Rio de Janeiro é tão ou mais alinhado à extrema-direita do que Alexandre Ramagem (PL).

O PSD pende ligeiramente mais para Lula. Uniu-se ao PT em oito capitais. No Rio de Janeiro, Eduardo Paes tem o apoio dos petistas.

Em Fortaleza, Teresina e Cuiabá, é o PSD que apoia o PT. Nas demais, ambos estão juntos em torno de outros candidatos. No caso do PL, há aliança com o PSD em seis capitais, sendo que em nenhuma a sigla faz apoio direto a um nome do partido de Bolsonaro. O PL apoia o PSD em Florianópolis, com Topazio Neto; e em Curitiba, com Eduardo Pimentel.

No caso do MDB há seis alianças com o PL e sete com o PT. O partido apoia nomes do PL no Rio de Janeiro e em Palmas e do PT em Fortaleza, Teresina e Natal. Recebe aval bolsonarista em São Paulo, Porto Alegre e Boa Vista e suporte do PT em Rio Branco, Salvador e Maceió.

O PP planeja uma federação com o Republicanos após as eleições e os dois partidos demonstraram que esse cenário é possível em suas alianças nas capitais. Estão juntos em 14 das 26 cidades. Em sete delas, também está o PL. Mas em Fortaleza apoiam Evandro Leitão, do PT.

As alianças se justapõem em São Luís, palco de uma exceção: é a única capital em que PT e PL estão juntos, apoiando o deputado Duarte Júnior, do PSB.

Na capital maranhense o voto bolsonarista deve migrar para Yglesio Fernandes, do PRTB. O prefeito Eduardo Braide (PSD), contudo, é favorito para se reeleger.

PT, PL, MDB, PSD e Republicanos foram os únicos partidos que se posicionaram em todas as capitais. Nas demais siglas há lacunas em algumas destas cidades. É o caso por exemplo de Macapá, onde o União Brasil do senador Davi Alcolumbre (AP) não integra nenhuma coligação majoritária. Também está fora do mapa das alianças na cidade o PDT do ex-governador e ministro do Desenvolvimento Regional Waldez Góes, aliado de Alcolumbre. O Solidariedade do governador Clécio Luís, que foi prefeito de Macapá durante oito anos e que chegou ao cargo com apoio de Góes e Alcolumbre, também não se coligou. As informações são do jornal Valor Econômico.

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https://www.osul.com.br/mapa-das-aliancas-nas-capitais-mostra-pouco-alinhamento-a-lula-ou-bolsonaro/ Mapa das alianças nas capitais mostra pouco alinhamento a Lula ou Bolsonaro 2024-08-19
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