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Marçal diz que Lula não perde a presidência da República com a máquina na mão em 2026 e que não quer briga com o Supremo

Se concretizada, essa será a segunda vez que Marçal tenta concorrer ao cargo. (Foto: Reprodução)

O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, declarou que “é difícil qualquer pessoa hoje no Brasil vencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. “Ele venceu o Bolsonaro que estava com a máquina na mão”, afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda (2). “Dificilmente se você (Lula) estiver bem emocionalmente, dificilmente alguém ganha do senhor”, reforçou o candidato.

Marçal também afirmou não ter medo de enfrentar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Qualquer exagero que tiver da parte dele, que ele responda por tudo. Agora, o Brasil inteiro está sentindo o que eu estou sentindo (sobre a suspensão do X no Brasil)”.

O ex-coach avaliou que o STF está muito “político”. Em mensagem para os ministros da Corte, ele afirma que o País precisa ser reunificado e que não precisa da politização a que o Tribunal está sujeito hoje. Contudo, evitou críticas mais duras ao Supremo. “Já estou arrumando problema com governador do Estado, prefeito de São Paulo, presidente da República. Vou arrumar problema com STF?”

Ele também confirmou que preza pelos cortes em entrevistas e debates. “Proposta quem quiser vai no site”, afirmou o empresário na sequência. Marçal disse que não vai esquecer de fazer os cortes, recurso que ele chamou de “única coisa” que sabe fazer, nesses encontros.

Questionado sobre abuso de poder econômico em seus meios de comunicação, o candidato respondeu que não houve pagamento para realização de cortes nas suas redes sociais. Além disso, ele voltou a dizer que foi censurado pela Justiça.

As mídias do candidato foram derrubadas atendendo a um pedido da campanha da candidata e deputada federal Tabata Amaral (PSB) no fim do mês passado. A decisão foi motivada por indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na remuneração de usuários para produzir “cortes” e divulgá-los nas redes.

“Suspender o único meio de comunicação que uma pessoa tem, é um meio de censura”, disse o empresário. “É prévia porque não censuraram o conteúdo. Censuraram o meio de comunicação”. Ele lembra que os novos canais, criados após o bloqueio dos anteriores, já possuem mais seguidores que os perfis de seus adversários.

“Essa eleição de São Paulo vai abrir os olhos para um novo tipo de política. Não tenho padrinho político, não tenho tempo de TV, não tenho minhas redes sociais, e vou vencer mesmo sem nenhum desses atributos”, declarou, em tom mais moderado do que nas entrevistas anteriores. Anteriormente, o ex-coach disse que não será mais candidato a prefeito de São Paulo caso não seja eleito nestas eleições. “Minha agenda já está travada” para os próximos quatro anos, disse Marçal sobre o assunto.

Marçal já afirmou que reuniões em um eventual governo seu serão transmitidas para a população como forma de manter a transparência do poder público. O ex-coach foi perguntado o motivo de não transmitir as reuniões em que pediu para Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, deixar o partido. “Não sou dono do partido e nem gerente. Não posso fazer uma coisa que chama ingerência”. Avalanche é investigado por ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Ele reforçou a ideia de que, assim como nos Estados Unidos, qualquer pessoa que queira concorrer às eleições, poderia fazer sem estar filiado a um partido político. “Não vou defender partido político. Partido não precisa esperar ter cargo em governo meu.”

O empresário já foi preso temporariamente em 2005, quando tinha 18 anos, na investigação que apurou ações de criminosos condenados por desviar dinheiro de contas bancárias. Sobre isso, Marçal disse que “se fosse bandido, atrás de dinheiro fácil, eu ia atrás de emprego de callcenter para quê? Os outros candidatos falam: ‘você roubava velhinhas.’ Nem sei quem são essas pessoas.”

 

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