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Política Pablo Marçal pede perdão pela postura e diz que precisou chamar atenção como idiota para subir nas pesquisas

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Marçal adotou discurso agressivo contra os adversários, principalmente Boulos e Nunes.

Foto: Reprodução
Marçal também afirmou não ter medo de enfrentar o ministro Alexandre de Moraes. (Foto: Reprodução)

O empresário Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, pediu “perdão” a eleitores por agir de uma forma que pode não ter agradado e justificou a sua postura como um método de “chamar atenção” e subir nas pesquisas eleitorais. A declaração foi dada durante sabatina no programa “Balanço Geral”, da TV Record, transmitido na sexta-feira (23).

“Você que estiver assistindo e mora na cidade de São Paulo, quero te pedir perdão porque, para chegar onde eu cheguei agora, liderando as pesquisas hoje, eu tive que chamar atenção de um jeito que talvez não te agradou. Te peço perdão por isso”, declarou o candidato. Segundo ele, a estratégia era necessária pelo fato de não ter padrinho político, coligação, fundo eleitoral e nem tempo de propaganda de TV.

Marçal apareceu em empate triplo na liderança da pesquisa divulgada pelo Datafolha. Ele marcou 21% das intenções de voto, crescendo sete pontos percentuais, contra 23% do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e 19% do atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB). A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A campanha acredita que o crescimento das pesquisas está diretamente relacionado ao desempenho do empresário nos debates. Marçal adotou discurso agressivo contra os adversários, principalmente Boulos e Nunes, repleto de ataques pessoais e cenas sob medida para viralizar depois em “cortes” na internet. Vídeo em que o ex-coach provoca Boulos com uma carteira de trabalho foi exibido mais de 40 milhões de vezes no Instagram.

Na saída do evento, Marçal disse que precisou agir como “um idiota” para ganhar apelo, mas disse que não pretende mudar o discurso. Ele evitou responder se está preocupado com a rejeição, que também cresceu no levantamento do Datafolha, de 30% para 34%. Respondeu apenas que está “preocupado com o povo”.

“O discurso não vai mudar, não. O que estou falando é que não tenho dinheiro público nessa campanha, padrinho político, eu não tenho absolutamente nada. E eu tive que parecer um idiota para chamar atenção e agora vocês vão ficar ouvindo proposta o tempo inteiro. Não é isso que vocês querem?”

O desempenho no Datafolha já incentivou adversários do segundo pelotão da disputa a mirarem mais no ex-coach. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) publicou hoje um vídeo em que repercute suspeitas de que membros do partido de Marçal, o PRTB, teriam ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Críticas com o mesmo teor foram veiculadas pela campanha do apresentador José Luiz Datena (PSDB).

Diante do movimento, Marçal pediu ajuda para “limpar o PRTB” e disse não compactuar com criminosos.

“Vocês que estão vendo tanta suspeita, me ajudem. Prendam esse povo. Bandido, pra mim, vai para a cadeia. Quero lançar uma campanha a partir de hoje: ajuda a limpar o PRTB, pelo amor de Deus, já que vocês sabem tudo. Esse povo está em vários partidos, está em tudo, infiltrado em contrato de prefeitura com empresa de ônibus.”

Ele não respondeu diretamente se o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, poderá fazer indicações políticas em um eventual governo, caso seja eleito. Em áudio vazado, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, o dirigente alega que teve envolvimento na soltura do traficante André do Rap e que seu motorista tinha envolvimento com o PCC e recebe ligações de dentro de presídios.

“Quem manda no governo sou eu. O povo está dando o anel para mim, para eu ser servo do povo. Colocou no meu dedo, já era, ninguém dá ordem no meu governo.”

Na sabatina, alegou ainda ter a ficha criminal “mais leve” entre os seus adversários e que teria sido vítima de uma “injustiça” ao ser condenado por furto qualificado pela Justiça Federal de Goiás em razão de um esquema de golpes bancários. Marçal, aos 18 anos, foi acusado de capturar listas de e-mails de correntistas para disparo de avisos falsos de inadimplência, atrair vítimas e ter acesso a senhas. Ele nunca chegou a cumprir a pena de 4 anos e 5 meses de prisão, que acabou prescrita.

 

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