Caso vá para o 2º turno da eleição para prefeito de São Paulo, Pablo Marçal corre o risco de continuar de fora do horário eleitoral gratuito. Ele foi impedido de usar esse valioso espaço, no 1º turno, porque o PRTB, seu partido, não tem o mínimo de cinco representantes no Congresso, como manda a lei. Mas ninguém sabe se a regra vale também para o 2º turno. A lei é omissa sobre isso, assim como as resoluções usadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para meter o bedelho nas campanhas.
Ponto fora do radar
O legislador foi incapaz que imaginar que alguém de partido pequeno e sem tempo na TV no 1º turno pudesse ainda assim passar ao 2º turno.
Bola com o TRE-SP
Como legislar é o esporte favorito da Justiça Eleitoral, o TRE-SP é que se prepara para definir essas regras, segundo afirmou seu presidente.
Judicialização FC
O eventual rival de Maçal no 2º turno pode pedir sua exclusão do horário eleitoral. Resta saber se TRE-SP decidirá sem paixões políticas.
Paridade d’armas?
O desembargador Silmar Fernandes confirmou à Rádio Bandeirantes que a lei só fixa 10 minutos para cada candidato, na TV, e nada mais.
Eleição será plebiscitária para o PT, diz cientista
Um dos mais requisitados e experientes especialistas da política, Paulo Kramer acredita que as eleições municipais deste fim de semana terão um caráter plebiscitário contra o PT. Durante entrevista ao podcast Diário do Poder, o cientista político que se notabilizou como professor da Universidade de Brasília (UnB), afirmou que a disputa foi nacionalizada na maior parte das grandes cidades brasileiras, onde ele prevê ampla derrota do PT, registrando uma das piores performances de sua história.
Esquerda na berlinda
Para Paulo Kramer, a esquerda no Brasil está na defensiva, este ano. “As eleições também serão plebiscito contra as esquerdas”, avalia.
Partido sem crença
Kramer classifica o PT de Lula como um partido desacreditado, após os escândalos de corrupção (mensalão, Lava Jato etc).
Debaixo da toga
A esquerda se reduz no Brasil, diz, ele e “só não se retrai mais porque se esconde não da saia, mas debaixo da toga dos ministros do Supremo”.
Xingando aliados
Alexandre Padilha tentou lacrar em entrevista amiga e chamou Sílvio Mendes, candidato a prefeito de Teresina pelo União Brasil, partido com três ministérios na Esplanada de Lula, de “símbolo da extrema-direita”.
Metade da vida útil
O comandante da Aeronáutica cumpriu o triste papel de defender a compra de novo palácio voador para Lula, sob a alegação infantil de que o atual Airbus A319 “já tem vinte anos”. Deveria saber que idade nesse ramo não é documento e que vinte anos são apenas metade da vida útil.
E a picanha?
Além de voltar a avaliar a compra de um avião de quase R$700 milhões para Lula (PT), o governo federal também continua a torrar o dinheiro do pagador de impostos com viagens: já são R$1,25 bilhão em 2024.
Chatábata
Entre os apelidos mais criativos surgidos na campanha de 2024 está o “Chatábata Amaral”, usado por Pablo Marçal para se referir à adversária do PDT na disputa pela prefeitura de São Paulo. Do tipo que pega.
Otimismo em Maceió
A campanha de JHC (PL), prefeito de Maceió, candidato à reeleição, prevê que neste domingo ele poderá somar mais de 86% dos votos válidos. Os adversários mais próximos estão a léguas de distância.
Objetivo cumprido
A rede social ‘X’ anunciou na sexta (4) ter pago integralmente multas impostas por Alexandre de Moraes e cumprido todas as exigências. Aguardam-se agora novas exigências protelatórias.
Coisa de milhões
A gastança com viagens corre frouxa na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Capes. Desde o início do governo Lula, foram R$6,2 milhões em 2023 e R$4,1 milhões este ano.
Lições das eleições
Em 5 de outubro de 2014, ano da reeleição de Dilma, o PT publicava artigo em seu site oficial que chamava o Congresso eleito naquele ano de “Jurassic Park ideológico” e “o mais conservador desde 1964”.
Pensando bem…
…governar é arrumar desculpa para gastar com mordomias, até palácio voador.
PODER SEM PUDOR
O jeito de ACM de dialogar
ACM apoiou com mão-de-ferro a ditadura, na Bahia. Governador, proibiu passeata em solidariedade à greve no ABC paulista, liderada por Lula, o metalúrgico. O valente deputado Elquisson Soares, presidente do PMDB, telefonou a ACM fazendo-lhe um último apelo. Ele negou e ainda provocou: “O que vocês acham da invasão russa no Afeganistão?” Soares respondeu: “Somos contra. Mas também somos contra à repressão no Brasil.” ACM achou a resposta: “O quê?! Me respeite!” E se iniciou então uma troca de desaforos ao telefone. A passeata, claro, foi dissolvida pela polícia e o deputado saiu contando sua versão do bate-boca com o governador.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – @diariodopoder)