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Marçal reage após Bolsonaro afirmar que errou ao presentear-lhe com medalha: “Diz a ele que vou devolver”

A declaração de Marçal é uma reação ao posicionamento do ex-presidente durante entrevista. (Foto: Reprodução)

O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) afirmou que vai devolver a medalha entregue pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, após o antigo chefe do Executivo apontar que se arrependeu de ter presenteado o aliado.

“Fala para ele pegar comigo essa medalha. Eu entrego para ele. Já que ele diz que foi um erro, diz a ele que vou devolver no debate de 2026 (à Presidência). Vou devolver a medalha que ele me deu e entregar outra para ele”,  afirmou Marçal ao Metrópoles.

A declaração de Marçal é uma reação ao posicionamento do ex-presidente durante uma conversa com jornalistas nesta semana.

“Como começou a onda Marçal? Há 3 meses ele queria falar comigo, eu conversei com ele. Só ele e mais ninguém. Até dei uma medalha para ele, onde eu errei. Ele saiu de lá, e, duas horas depois, estava no jornal que eu ia apoiá-lo”, disse Bolsonaro.

Quando recebeu a medalha, em junho, Marçal utilizou o encontro com o ex-presidente para provocar o então adversário Ricardo Nunes (MDB), que tinha o apoio formal de Bolsonaro na candidatura à reeleição.

“Almoçamos juntos e não pedi nada ao Bolsonaro. Todavia, tomei conselhos importantes que irei seguir. Em breve, teremos você novamente guiando essa nação. A partir de agora faço parte do grupo de poucos no Brasil que ganharam essa medalha dos 3i do clube do Bolsonaro. O Nunes nunca terá essa medalha”, escreveu Marçal à época.

O ex-presidente reforçou apoio à campanha de Nunes apenas na reta final, apesar de ter indicado o vice na chapa emedebista. Antes disso, Bolsonaro chegou a fazer acenos à Marçal. Em agosto, Bolsonaro elogiou Marçal e afirmou que Nunes “não é o candidato dos sonhos dele” durante uma entrevista a uma emissora de rádio de Natal (RN).

Para o ex-presidente, Marçal tem um “baita futuro, mas começou arranhado”. Ele avalia que a live às vésperas do segundo turno com o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), que também foi candidato à Prefeitura de São Paulo, foi um “erro”. Bolsonaro acredita que Marçal queria “aliviar” sua imagem devido à repercussão do laudo falso sobre o psolista divulgado por Marçal antes do primeiro turno das eleições da capital paulista.

“Pode ter agora algum partido que queira dar legenda para o Marçal em 2026. Ele ganhou notoriedade nacional, se expressa bem e prega uma coisa que todo mundo quer, que é prosperidade”, avaliou.

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