Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2022
Marcelo Serrado abriu o jogo e falou sobre um assunto nem sempre fácil de ser conversado. Em entrevista ao jornal O Globo, o ator falou sobre sua relação com a síndrome do pânico, que já o colocou em situações de grande medo.
“Estou medicado até hoje. Eu sentia a mão formigando e o coração disparado. Estava num hotel fazendo um trabalho, o Eduardo Galvão tinha morrido e três dias depois tive isso. Era um cara da minha idade, aquilo detonou algo em mim. Sucumbi e falei: ‘Vou morrer’. Liguei na minha casa e ninguém atendeu, fui parar na minha sogra, que ligou para um médico”, recorda.
Ele explicou que aos poucos aprendeu a ir lidando com a doença através de remédios e meditação, mas tudo foi um processo.
“Toda vez que eu ia para um hotel, achava que ia ter a mesma coisa, detonava um gatilho, a sensação de morte. Teve um dia que estava na cama com meus filhos, tranquilo, e o coração começou a disparar. E pensei: ‘Está tudo bem, estou aqui deitado com meus filhos’. Comecei a respirar e foi melhorando. Só que até eu chegar nesse ponto. O remédio e meditação transcendental me ajudaram muito.”
O ator também destacou a importância de entrar em assuntos como este, principalmente porque muita gente passa pelo mesmo e não há um meio certo de garantir que alguém jamais passará.
“As pessoas falavam: ‘Você é um ator bem sucedido, com a família legal, salário, como tem síndrome do pânico’? Ninguém escolhe, ela vomita em cima de você. É quase uma entidade, um encosto”, finaliza.