Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2017
Multitudinária e influenciada pelo clima eleitoral no Chile, a Santiago Parade-2017 mobilizou neste sábado (25) milhares de pessoas que se somaram ao movimento pela igualdade e pela aprovação de leis que resguardem os direitos da comunidade LGBTI.
Pelo 12º ano consecutivo, a marcha levou milhares de pessoas às ruas, embaladas ao ritmo da música eletrônica que, agitando bandeiras com as cores do arco-íris, se manifestaram em defesa da diversidade sexual.
O Movilh (Movimento de Integração e Liberação Homossexual), organizador da marcha, comemorou o êxito da convocação, à qual se somaram vários grupos de defesa dos direitos humanos.
“A ideia é manter na discussão pública e nos candidatos e parlamentares a necessidade de se avançar no casamento igualitário e acelerar o trâmite e aprovar a lei de identidade de gênero”, que espera aprovação na Câmara dos Deputados, disse à AFP Rolando Jiménez, porta-voz do Movilh.
A norma permitirá que as pessoas trans sejam identificadas legalmente com o nome e o gênero com que se identificam, permitindo seu pleno desenvolvimento, destacou.
Jiménez pediu, ainda, que se acelere a discussão no Congresso da lei de casamento igualitário e assegurou que as pesquisas demonstram que “a sociedade chilena caminha mais rápido que a política, já que cerca de 70% o aprovam”.
O tom eleitoral ficou por conta da concentração anterior, no início da marcha, com a presença do candidato governista, Alejandro Guillier, adversário do ex-presidente Sebastián Piñera no segundo turno de 17 de dezembro, que definirá o sucessor de Michelle Bachelet.
Em agosto passado, a presidente deu um passo a mais em seu ambicioso plano de reformas sociais, ao enviar ao Congresso o projeto de lei de casamento igualitário, após aprovar, em 2015, o Acordo de União Civil, que permitiu legalizar as uniões homossexuais, mas que não legisla sobre adoção.
O projeto do casamento igualitário começará a ser tratado segunda-feira no Congresso na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça do Senado. Ao encerrar a mobilização, o Movilh distinguirá Bachelet por ter assinado o Acordo pela Igualdade, diante da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que compromete ao Estado chileno legislar sobre diversidade sexual.
Acidente com ônibus no sul do Chile deixa 11 mortos e 17 feridos
Pelo menos onze pessoas morreram e 17 ficaram feridas em um acidente de ônibus na região de Araucanía, no sul do Chile, na noite deste sábado. O acidente aconteceu depois das 18h (horário local, 19h em Brasília) em uma estrada que liga as localidades de Curacautín e Victoria, a aproximadamente 600 quilômetros ao sul da capital Santiago. O motorista teria perdido o controle do veículo, que tombou.
Segundo autoridades local, os feridos foram transferidos para centros de saúde na região – vários deles em estado grave. “Os meus mais profundos pêsames às famílias das vítimas e a minha solidariedade com a comunidade de Tirúa”, disse a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em mensagem publicada nas redes sociais sobre a região de onde seria a maioria das vítimas.
Segundo a mídia local, as vítimas são principalmente funcionários municipais e adultos que haviam participado de uma atividade cultural.