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Brasil Marido da modelo que morreu no mar foi avisado sobre temporal via mensagens, diz delegado

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Mensagem foi um dos elementos para a polícia indiciar o marido pela morte da modelo. (Foto: Reprodução/Instagram)

A modelo Caroline Bittencourt, 37, poderia ter sobrevivido ao acidente que a matou na travessia de barco de Ilhabela para São Sebastião, no último dia 28, caso estivesse usando um colete salva-vidas. Seu marido, o empresário Jorge Sestini, deverá ser indiciado por homicídio culposo –quando não há a intenção de matar–, segundo a polícia. Ele também foi avisado do temporal por mensagens.

As afirmações são do delegado titular do 1º Distrito Policial de São Sebastião, Vanderlei Pagliarini de Almeida Filho, que abriu inquérito para investigar a morte da modelo.

Caroline e seu marido estavam a bordo da lancha Twin Green em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, quando a embarcação enfrentou fortes ventos no canal de São Sebastião, segundo a Defesa Civil do arquipélago.

De acordo com o delegado, as informações prestadas pelo proprietário da marina onde Sentini guardava a lancha, Lenildo da Ressurreição Oliveira Carvalho, 51, permitiram concluir pela responsabilização criminal de Sestini.

Além da falta do uso do colete salva-vidas, segundo Pagliarini, o empresário ignorou os alertas sobre mau tempo emitidos pela marina, que previam chuvas e ventos fortes. Segundo Carvalho contou à polícia, Sestini foi alertado verbalmente para ter cautela no mar, devido à previsão desfavorável para a navegação.

No domingo em que ocorreu o acidente, Carvalho reforçou o alerta ao empresário por meio do aplicativo WhatsApp, às 15h44, informando que havia a ocorrência de ventos fortes nas proximidades de Itanhaém, no litoral sul. “(o vento) Está indo na direção de vocês, abriguem-se, ok? Já estamos em emergência aqui”, disse o proprietário da marina ao empresário. Além da mensagem de texto, Carvalho enviou outro aviso por meio de áudio, para reforçar o alerta.

“O empresário foi expressamente advertido a respeito do mau tempo, mas resolveu lançar-se ao mar, não providenciando ao menos que a vítima utilizasse um colete salva-vidas, como lhe competia, negligência indiscutível que remete aos fundamentos dos delitos culposos”, disse o delegado.

Ainda segundo a polícia, a modelo caiu no mar após possivelmente ter se desequilibrado com a ação das fortes ondas provocadas pelos ventos. “Estamos investigando uma possível negligência do empresário ao não obrigar a modelo a utilizar o colete salva-vidas naquelas condições de mar. Se ela tivesse usado este item obrigatório de segurança, seguramente poderia ter sobrevivido”, disse Pagliarini.

Ainda conforme a polícia, Sestini se jogou no mar na intenção de salvar Caroline, mas a perdeu de vista. Ele foi resgatado já no período da noite por outra lancha que passava próximo ao local do acidente, exausto. “Minha mulher morreu!”, disse ele a Roberto Batista Tenório, 46, que o resgatou.

O corpo de Caroline Bittencourt foi localizado um dia depois na altura da praia das Cigarras, em São Sebastião, a cerca de quatro quilômetros do local do acidente. A lancha foi achada no dia seguinte, submersa, próxima à praia de Massaguaçu, em Caraguatatuba, a uma distância de aproximadamente 12 quilômetros. Uma mochila contendo as iniciais da modelo foi encontrada próximo à Ilha Tamanduá, também em Caraguatatuba, e entregue à polícia.

Jorge Sestini será ouvido pela Polícia Civil por meio de carta precatória, em São Paulo. A data de seu depoimento deverá ser agendada por uma delegacia de polícia mais próxima da residência de Sestini, que mora no Campo Belo, na zona sul. A solicitação para a oitiva foi encaminhada nesta terça-feira (7) pela delegacia de São Sebastião.

A delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião também abriu um inquérito administrativo para investigar as circunstâncias do acidente. Segundo o delegado da Capitania, capitão-de-fragata Wagner Goulart de Sousa, a embarcação de Sestini estava com sua documentação em dia, assim como a habilitação de arrais amador.

O empresário também deverá ser ouvido, mas a oitiva ainda não foi marcada. O órgão tem prazo de 90 dias para concluir o inquérito.

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