Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2018
A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou no sábado (25), em Mauá (SP), que vai apoiar iniciativas de geração de empregos para mulheres, como por meio da construção de 1,5 milhão de casas com placas solares.
“É só ter um plano para que se faça uma matriz energética limpa, diversificada e segura. Uma parte dos investimentos que são feitos para geração de energia serão deslocados para as energias renováveis. E uma das fontes é essa de fazer 1,5 milhão de casas com placas solares. Isso geraria muitos empregos”, afirmou Marina.
Ela disse ainda que vai criar creches em tempo integral para que mulheres possam estudar e trabalhar.
“Essa cidade sofre com desemprego, muitas mulheres não têm onde deixar seus filhos. Vamos ampliar as creches em tempo integral para que crianças de 0 a 5 anos não tenham de ficar de forma inadequada, às vezes sozinha em casa, sendo cuidadas pelos irmãozinhos, que poderiam estar brincando ou estudando.”
A candidata disse estar atenta aos problemas vividos pela cidade de Mauá. “Essa é a primeira manifestação de rua, em Mauá, uma cidade que tem a média de desemprego maior que a média do Brasil. Mauá sofre muito com o desemprego, por isso escolhi fazer esse ato aqui.”
Marina chegou por volta das 15h e caminhou rapidamente até um tablado improvisado de 1,5 m² na praça 22 de Novembro, no centro da cidade. Ela tirou fotos com apoiadores e ouviu discursos de candidatos da coligação.
“Vamos trabalhar para recuperação do País, para que ele possa gerar emprego e renda.”
Marina encerrou a agenda em Diadema para apoiar a candidatura de uma deputada estadual da cidade.
“Sacrifícios só dos mais pobres”
A candidata da Rede citou o Judiciário como setor indiferente à crise em conversa neste domingo (26) com um grupo de mulheres da periferia de SP, quando prometeu manter poder aquisitivo do salário mínimo. Marina criticou os setores públicos que “querem sacrifícios só dos mais pobres e aumentam os próprios salários”.
A candidata ao Palácio do Planalto afirmou que, se eleita, vai manter o poder aquisitivo do salário mínimo. A atual regra de reajuste do salário mínimo obedece a uma fórmula que leva em consideração o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes e a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior.
Essa fórmula vale até 2019. Portanto, o novo presidente da República terá de definir o formato de correção do salário mínimo a partir de 2020.
Marina visitou nesta manhã o bairro do Capão Redondo, na zona sul da capital paulista. A ex-ministra participou, ao longo de quase três horas, de uma roda de conversa na casa de uma moradora do bairro da periferia paulistana junto com outras mulheres do Capão Redondo.
Em meio à conversa com o grupo de moradoras do Capão Redondo, Marina Silva ouviu relatos de dificuldades das mulheres em obter crédito e problemas para ter acesso a medicamentos e médicos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), além de queixas de preconceito da polícia e do Judiciário contra negros.
Ao comentar as queixas das empreendedoras da periferia, a candidata da Rede criticou a abundância de crédito para empresários corruptos, citando como exemplo Eike Batista, que foi condenado a 30 anos de prisão pela Lava Jato por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ela também reclamou dos juros altos disponíveis no mercado para microempresários.