A campanha da candidata à Presidência da Rede, Marina Silva, informou neste sábado que entrou com uma ação de investigação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), e seu vice Hamilton Mourão (PRTB) para apurar a denúncia de ataque cibernético ao grupo no Facebook “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”. No último dia 14, o grupo foi invadido e teve o nome alterado para “Mulheres com Bolsonaro” e só depois retomado pelas administradoras. As informações são do jornal O Globo.
A ação pede punição com a cassação do registro de candidatura ou, em caso de julgamento após a eleição da chapa, do diploma ou do mandato, com inelegibilidade de 8 anos.
“A vítima dessa estratégia sorrateira foi um grupo de milhões de mulheres brasileiras, que, apesar de estarem espalhadas por todo o país, reuniram-se licitamente através da internet para dialogar e manifestarem seu pensamento, entretanto, foram alvo de práticas criminosas e, ao que tudo indica, de cunho eleitoral”, defende a ação.
A petição destaca que é notória a rejeição do eleitorado feminino a Bolsonaro e que o grupo ganhou destaque na imprensa por se posicionar contra as ideias do candidato.
A campanha da candidata informou também que pediu investigação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), filho de Jair Bolsonaro, por suas manifestações em redes sociais que deixaram claro a intenção de obter vantagem eleitoral em favor de seu pai.
Os advogados da chapa de Marina alegam que Bolsonaro se beneficiou da invasão cibernética, uma vez que “foram excluídas as mensagens que lhe teciam críticas, alterando-as para outras que eram elogiosas”.
Outro pedido
Na última quinta-feira, a coligação do candidato Guilherme Boulos (PSOL) também protocolou pedido para que a Corte investigue a possível participação de integrantes da campanha de Bolsonaro e Mourão no ataque virtual ao grupo.
No último sábado, quando os invasores trocaram o nome do grupo, Bolsonaro postou em sua página oficial a seguinte frase: “Obrigado pela consideração, Mulheres de todo o Brasil!”.
“No episódio de abuso e influência no pleito houve, ainda, atuação indireta de membros da campanha, como o filho do candidato Eduardo Bolsonaro e candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, e o candidato a vice, que comemoraram o ataque e propagaram diversas acusações falsas. Uma das fake news propagadas foi de que suas criadoras alteraram o nome de outra conta para simular um número alto de participantes”, ressalta o PSOL na ação.