Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de março de 2019
A polícia obteve diversas provas de que o menor apreendido na manhã desta terça-feira (19) teria participado no planejamento do ataque à escola Raul Brasil, em Suzano, São Paulo. Através do celular do jovem, foram acessadas mensagens em que ele afirma ter planejado tudo durante o primeiro ano do Ensino Médio e diz que era para estar no local também.
testemunhas também foram chave para que a polícia chegasse a esse entendimento. Uma ex-professora do menor afirmou ter se impressionado com a frieza dele ao relatar um desejo durante um exercício em aula. O jovem teria dito que sonhava em poder entrar na escola e atirar em todos. Outra testemunha, não identificada, também teria revelado que o jovem confessou ter participado da estruturação do crime.
A apreensão ocorreu na casa do menor, de 17 anos, que foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Suzano e na sequência para o Fórum da cidade. A juíza decidiu pela internação provisória do jovem por 45 dias, o prazo pode ser prorrogado dependendo do depoimento dele, de laudos de sanidade, entre outros fatores.
Segundo o delegado Ruy Fontes, o envolvimento do terceiro suspeito ocorreu no planejamento do crime. O dono do estacionamento onde Guilherme Taucci Monteiro, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, guardaram o carro usado no ataque teria informado à polícia sobre a participação de outro adolescente.
Desdobramentos do caso
O adolescente chegou a se apresentar à Justiça, mas negou a participação e foi liberado na quinta-feira (14). Os celulares dele e dos dois assassinos foram analisados durante a investigação e, segundo a polícia, os três aparelhos têm conversas claras sobre o planejamento das mortes.
O jovem apreendido é ex-aluno da Raul Brasil e estudou na sala de Guilherme, tido pela polícia como líder do ataque a tiros. Nesta segunda-feira (18), a polícia apresentou ao Ministério Público um relatório com os resultados das buscas feitas na casa do menor.