Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de março de 2024
Situações desafiadoras e que provocam mau humor fazem parte da vida. É preciso, contudo, ficar de olho para identificar se essa variação de humor é apenas um traço de personalidade ou um sinal de algo que merece mais atenção, como uma depressão.
Tristeza intensa
Apesar de o quadro ser frequentemente ser associado à uma tristeza intensa, existe um tipo de depressão que está mais ligado ao mau humor, segundo o psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. “Trata-se da distimia, uma manifestação da doença que costuma ser mais branda e prolongada que a ‘tradicional’, mas que é igualmente grave”, pontua.
Sinais
Quais os sinais de que o mau humor esconde uma depressão? Kanomata destaca algumas características do mau humor que pode estar ligado a um quadro depressivo. São elas:
– Quando o mau humor não está relacionado a um evento específico, como a perda do emprego ou o fim de um relacionamento;
– É contínuo. Ou seja, dura um longo período de tempo, como duas semanas;
– Está associado a outros sintomas, como tristeza, falta de ânimo, indisposição, baixa autoestima, pessimismo, dificuldade de foco, falta de prazer em atividades que antes eram prazerosas, mudanças no padrão de apetite, insônia, entre outras;
– Provoca sofrimento significativo;
– Chama a atenção de amigos, colegas e familiares. Muitas vezes, as pessoas que passam por transtornos mentais têm dificuldade para descrever o que estão sentindo. Por isso, o comentário de pessoas próximas pode funcionar como um alerta.
Ajuda
O reconhecimento desses sinais é importante para que o indivíduo perceba a necessidade de procurar ajuda, de acordo com Kanomata.
“As pessoas não precisam sofrer sozinhas. É fundamental buscar ajuda de um psiquiatra ou psicoterapeuta nesses casos. Dessa forma, os sintomas poderão ser tratados e amenizados”, diz.
Apoio e conversa
O que fazer se seu amigo ou familiar for diagnosticado com depressão? De acordo com Kanomata, é importante demonstrar apoio e conversar. “Por mais que seja um tema delicado, essa aproximação pode fazer a pessoa se sentir apoiada e acolhida”, destaca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.