Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de novembro de 2022
aproximação do MDB de Simone Tebet a Lula desagradou ao PSDB, que ensaiava uma união com o partido, Cidadania e Podemos
O partido de Simone Tebet (MDB) emplacou quatro nomes na equipe de transição do governo Lula. Além dela, cuja indicação é tratada como de iniciativa pessoal e não envolve o partido, foram designados Renan Calheiros, Jader Barbalho e Germano Rigotto. Os dois primeiros entram em ação na tentativa de resguardar os interesses do MDB nas eleições para a presidência da Câmara e do Senado – Renan não aprova a rendição do PT a Arthur Lira (PP-AL), e ainda não está claro o que restaria ao MDB na divisão de poderes dentro do Congresso caso Lira e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sejam reeleitos. “Transição é uma coisa, outra é o caminho para ingressar na base do governo ou participar do governo”, diz Rigotto.
Embora o PT dê como certa a adesão do MDB, caciques da sigla afirmam que o partido não discutiu os critérios para isso. Na terça (8), Renan, Helder Barbalho, Renan Filho, Jader Barbalho e Marcelo Castro iniciaram conversas sobre uma possível aliança com o União Brasil.
A ideia seria formar um bloco, numa das últimas cartadas de Renan de minar Lira. O PP, partido do presidente da Câmara, chegou a discutir uma fusão com o União Brasil na véspera do 1.º turno, mas a ideia não prosperou. Presidente do União, Luciano Bivar quer tentar a presidência da Câmara.
Sem eles
A aproximação do MDB a Lula desagradou ao PSDB, que ensaiava uma união com o partido, Cidadania e Podemos. “O MDB já assumiu uma postura de estar no governo, e nós não queremos estar no governo. Ficaremos independentes”, diz Tasso Jereissati (PSDB-CE). Designado para integrar a equipe de transição de Lula na área da Saúde, coletou dados com integrantes do Conselho Nacional de Saúde, órgão de fiscalização do ministério.