Segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 3 de maio de 2022
Com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, mandando recados que seu partido vai desembarcar da 3ª via, facções do MDB aceleraram a fritura da candidatura à presidência de Simone Tebet. Alegam que sem o caixa do União Brasil e seu tempo de TV, a candidatura fica ainda mais difícil. O grupo mais barulhento é liderado por Renan Calheiros, que defende a posição minoritária de arrastar o partido a apoiar Lula (PT).
Fragmentação
O MDB no Sul prefere seguir Jair Bolsonaro (PL), e há os que querem “apoiar Simone Tebet no primeiro turno” ou liberar os diretórios regionais.
Lulistas no MDB
O senador Eduardo Braga (MDB), que presta obediência a Renan, além Romero Jucá (RR), que o detesta, e Eunício Oliveira (CE), apoiam Lula.
Se correr o bicho pega
Tebet se vê num impasse: a disputa o Planalto foi a saída honrosa para evitar o confronto com Tereza Cristina (PP), favorita à sua vaga,
Agenda
A convenção do MDB que vai oficializar o nome de Simone Tebet, ou a puxada de tapete, deve ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto.
STF sinaliza que avalia ‘peitar’ decreto de Bolsonaro
O Supremo Tribunal Federal (STF) nada tem a fazer, sobre o decreto de graça de Jair Bolsonaro, senão acatar o ato de soberania do presidente da República. Mas não fará isso. O governo trabalha com a informação de que os “cabeças” do STF não têm feito outra coisa, há mais de uma semana, senão discutir formas de tornar sem efeito o decreto que beneficiou o deputado Daniel Silveira. Prender o deputado virou “questão de honra” para alguns ministros, fazendo valer o julgamento no plenário.
Perseguição
A decisão de Alexandre de Moraes de prorrogar por 60 dias o inquérito contra Silveira, foi visto no Planalto como novo ato de perseguição.
Estratégia
Mas os conselheiros jurídicos do governo acham que a decisão de Moraes obedeceria à estratégia do STF de “peitar” Bolsonaro.
Jogo solitário
A impressão que dá, no entanto, é que os ministros do STF jogam xadrez sem um adversário focado, no outro lado do tabuleiro.
Acostamento
Líder do Governo, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) vê com senso de humor a dificuldade para se definir uma candidatura única de centro, para presidente da República: “Terceira via, no Brasil, é acostamento…”
Quem quer mesmo?
O ex-presidente Michel Temer afirmou ontem à BandNews TV que “as pessoas querem um candidato de terceira via”. Faltou dizer quem são essas pessoas. As pesquisas mostram que os eleitores não querem isso.
Chá de panela
Se a Justiça ainda não conseguiu notificar Janja, a noiva do Lula, para acertar as contas que passam os R$ 200 mil, como se tem notícia, vai uma dica: a dupla se casa em 18 de maio. Em lugar certo e sabido.
Coluna CH, 24 anos
Completamos 24 anos hoje, 3 de maio. Primeira coluna diária nascida na internet, desde o seu lançamento, em 1998, e ao longo de 8.766 edições ininterruptas, vimos cinco presidentes e sete legislaturas do Congresso.
Trabalhador longe
Para o presidente do Cidadania (ex-PPS), Roberto Freire, os protestos “vazios” do Dia do Trabalho tinham “a clara intenção” de serem atos de campanha de Lula e Bolsonaro. “Ajudaram no esvaziamento”, explica.
Planalto na roda-presa
Com as viagens ao exterior do presidente Jair Bolsonaro, do vice, Hamilton Mourão, e do presidente da Câmara, Arthur Lira, o roda-presa do Senado, Rodrigo Pacheco, assumirá a Presidência da República.
Título de eleitor
Nesta quarta-feira (4) acaba o prazo da Justiça Eleitoral para o cidadão emitir, regularizar ou transferir o título de eleitor. A partir de quinta-feira, quem não regularizou, dançou. E não vai poder votar, em outubro.
A conta é de quem?
Além do preço da gasolina, que só sobe, a Petrobras anunciou aumento de 6,7% no preço do querosene de aviação, o combustível dos aviões. O aumento desse querosene já se aproxima dos 50%, apenas em 2022.
Pensando bem…
… o Dia do Trabalhador ao menos revelou que, para o trabalhador de verdade, domingo é dia de descanso e não de ouvir baboseiras.
PODER SEM PUDOR
Slogan infeliz, derrota certa
A eleição de 1994 não era mesmo a vez do candidato do MDB ao governo paulista, Barros Munhoz. Pudera. O símbolo da campanha era um garfo e um prato com o slogan “Ninguém é feliz de barriga vazia”. E contratou centenas de moças para agitar bandeiras com essas inscrições, nas ruas. Além de errar na logomarca e no slogan, a campanha deixava as moças horas a fio, sob sol e chuva. Certo dia, na inauguração de um comitê do MDB, o candidato chegou foi recebido com frieza pelas colaboradoras. Eram 20h e estavam ali desde as 10h, sem comer. Uma delas se aproximou de Munhoz, agitou a bandeira e exclamou: “Olha, doutor Munhoz, a gente está de barriga vazia!” Era a derrota anunciada.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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